Notas: Âmbar, madresilva, java vetiver, labdanum, musk, patchouli, cinza, tintura de solo, lã.
Battaniye significa manta em turco porque exala sensações de conforto e intimidade. Omer Pekji inspirou-se durante uma tempestade em Trabzon, na Turquia (sua terra natal), uma cidade que faz parte da Rota da Seda.
Para quem como eu gosta de âmbar esta é uma descoberta. Porque a “doçura” habitual das fragrâncias com âmbar pode tornar-se monótona ou “dejá vu”. Ou seja o que torna os âmbares atraentes também os limita. É difícil a certa altura encontrarmos um âmbar que inova. Mas este é o caso. Uma das excepções à regra. O Battaniye traz algo de novo e resolve muitos problemas inerentes aos aromas de âmbar. Uma paragem obrigatória para quem gosta do Ambre Loup da Rania J ou dos âmbares do Tauer.
Uma fragrância masculina (mas não “macho”), exótica e evocativa. Um “ambrée” seco e terroso em consequência do protagonismo do Patchouli. Boozy a lembrar whiskey e com uma vibe a café torrado e a couro um pouco “medicinal”. Dark e denso mas não "dirty". Sente-se algo semelhante a fumo de lareira e a tecidos aconchegantes. E finalmente a pó e a terra.
Uma fragrância que fica cada vez melhor à medida que o drydown avança. Viciante.
Como se tivéssemos chegado a um oásis após uma travessia de um deserto árido vestidos com um blusão de couro coçado e coberto de pó. E no meio do oásis há uma doçura que nos acolhe no meio de uma manta e faz a viagem valer a pena.
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