Sleepy Lagoon foi criada pelo compositor inglês, Eric Coates. A letra seria escrita mais tarde pelo americano Jack Lawrence que entusiasmado tentou convencer os “patrões” da editora Chappell a publicá-la. Foi recusado com a alegação que não seria popular e seria mais adequada para uma peça clássica “light”. Isto passava-se em 1940, em plena II guerra mundial, tendo sido extremamente difícil contactar Coates. No entanto este gostou da letra de Jack que acabou por apresentar a canção a Harry James - na altura já liderando a sua própria orquestra após ter tocado primeiro com Benny Goodman. Harry James orquestrou-a juntando uma secção de cordas ao seu trompete e o tema “explodiu” como um dos principais “hits”, em Abril de 1942, tendo-se mantido em 1º lugar durante 18 semanas. Foi também gravada, mais tarde, por Dinah Shore, Glenn Miller, Platters, etc. Foi tema de introdução de um programa de rádio, na década de 1950, em Portugal (tal como o samba Delicado tocado pela orquestra de Percy Faith). É um clássico que ainda hoje inspira ouvintes e dançarinos. Aconselhável aos românticos incuráveis, sobretudo àqueles que podem usufruir, também, do privilégio de assistir ao luar em frente de uma Lagoa.
VT
Sleepy Lagoon - Harry James
12 comentários:
I am really happy because I discovered this blog: I like very much photos and music and the atmosphere full of charm.
Thanks for this space!
Lagoa
Eu não vi o mar.
Não sei se o mar é bonito,
Não sei se ele é bravo.
O mar não me importa.
Eu vi a lagoa.
A lagoa, sim.
A lagoa é grande
E calma também.
Na chuva de cores
da tarde que explode
a lagoa brilha
a lagoa se pinta
de todas as cores.
Eu não vi o mar.
Eu vi a lagoa...
Carlos Drummond de Andrade
A propósito…
Qual será o sentido dos vocábulos mar e lagoa no poema? Como em Minas – Brasil (tópico mitificado na poesia drummondiana) não há mar, o vocábulo no poema representa uma abstracção, um conceito longínquo, assim como a lagoa significa a experiência, o dado vivenciado.
O poeta afirma não se importar com o mar, porque nunca o viu. Preocupa-se com a lagoa, que faz parte de sua experiência. Por isso, a descreve com as tintas sensuais (quase femininas), quando o sol evidencia as suas cores.
Outra grande característica tipicamente drummondiana em Alguma Poesia é o culto do particular, uma espécie de respeito à autenticidade da experiência.
FC
“Aconselhável aos românticos incuráveis…” Bem o pode dizer, quantas recordações da nossa Lagoa de Óbidos….
João Ramos Franco
A lânguida "Lagoa" ouvindo-se a si própria...à luz do luar.
Excelente fotografia ,excelente tema musical,excelente inspiração.
MV
Romance, nostalgia, sonho, tantas sensações despertadas. Adorei.
Libania
A lagoa amanheceu na bruma, mas continua a dançar dentro de nós.Boa mistura de palafitas com as notas da musica que sugere "a menina dança?" Bom dia
Tenho um sonho.Um dia,irei contemplar as fotografias deste blog numa Galeria...
RP
"A arte consiste em fazer os outros sentir o que nós sentimos..." decisivamente.
F Pessoa
Émê
Mais uma bela foto.
Estou a adorar este blog.
Beijo:)
Um grande obrigado à FC pelo sempre excelente contraponto poético que selecciona para acompanhar as fotos, à citação preciosa de Émê, ao romantismo incurável do JRF, às palavras certas e emotivas que a MV nos dirige habitualmente. A MM pelo apurado sentido estético e conhecimento técnico - aliados dos Vossos corações especialmente sensíveis. Ás palavras de esperança da RP (eu também acalento esse sonho de expor fotos ainda este ano).
Brindar à presença de uma nova companhia: A Libânia e ao seu romantismo e capacidade de continuar a sonhar.
And also to say welcome to new friends: A. and amatamari (thank you for the nice words)... both with great Blogs and also poetry in the heart.
VT
Gosto de tudo nesta fotografia! Não posso acrescentar nada a algo tão...quase perfeito. Quase tudo cabe dentro desta imagem...
Bjs Alice =)
hermoso tratamiento para una foto llena de paz
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