Ontem adormeci como as flores do canteiro: orvalhada. Que tontice isto de se ser triste. Lembro-me da cadeira de baloiço que chiava, enquanto eu remendava palavras, como quem pinta um raio de sol em noite trovejada. Piquei-me num verbo faminto, gotinhas de sangue enrubesceram o papel. Fiz um avião. Pela janela, ainda aberta, escutei um nocturno no coaxar perto do lago. Partiu. Parto.
A Aldeã
(Agradeço-lhe o espaço, o bom tempo que faz cá dentro)
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Ontem adormeci como as flores do canteiro: orvalhada. Que tontice isto de se ser triste. Lembro-me da cadeira de baloiço que chiava, enquanto eu remendava palavras, como quem pinta um raio de sol em noite trovejada. Piquei-me num verbo faminto, gotinhas de sangue enrubesceram o papel. Fiz um avião. Pela janela, ainda aberta, escutei um nocturno no coaxar perto do lago. Partiu. Parto.
A Aldeã
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