sexta-feira, 27 de setembro de 2013

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Going home

Like a figure from an ancient Japanese folding screen
the spirit of a bird melts with earth - giving it new life

Now will belong to the world of no place and no time

Life and Death - Rumi

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Sapal


Detalhes do Sapal característico das margens da Lagoa de Óbidos. Braço do Bom Sucesso.
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Sempre que pego na máquina fotográfica e debando até à Lagoa de Óbidos penso que depois de tantas imagens colhidas ao longo de mais de 4 anos - não vou fotografar nada de novo e que mereça interesse.
No entanto depois de percorrer durante algum tempo as suas margens surge (para meu espanto) algo de inusitado: cores, ambientes ou elementos que afinal não tinha descoberto ainda. Penso que devo ter muita sorte em deparar-me com esses novos cenários. Porque é como se as imagens viessem antes ao meu encontro e a Lagoa já me esperasse vestindo-se diariamente sempre com novos cambiantes de luz, contrastes e de tons. Então, perante as águas da Lagoa, acontecem momentos mágicos feitos de uma cumplicidade especial que nunca julguei poder existir e que tento registar em fotografia.


Slide Swamp Blues

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

September evening

Fim de tarde no Braço do Bom Sucesso. 
Faina piscatória e o sapal característico das margens da Lagoa.


September song - Chet Baker

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

"Sala de brincar"

"Sala de brincar" no H. D. Estefânia no início da década de 1970


Lullaby - Brahms

“You don't make a photograph just with a camera. You bring to the act of photography all the pictures you have seen, the books you have read, the music you have heard, the people you have loved.”
(Ansel Adams)

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Os Concursos nos antigos Hospitais Civis de Lisboa

Detalhe do Hospital de Sº António dos Capuchos em 1976


Tears - Headsrong and Stine Grove

Tendo como ponto de partida a herança vinda do antigo Hospital de Todos os Santos, três grandes nomes da Medicina Portuguesa lançaram as fundações de uma grande Escola Médico-Cirúrgica nos antigos Hospitais Civis de Lisboa (HCL): Pulido Valente, Reinaldo dos Santos e o Prof. Wohlwill (Anatomia Patológica). Segue-se toda uma geração dos seus discípulos mais brilhantes (Fernando da Fonseca, José Gentil, Celestino da Costa, Cascão de Anciães, etc.) que consolidam o edifício da grande Escola Médico-Cirúrgica dos HCL - que viria a atingir o seu apogeu em meados do século XX.
Uma das vertentes mais importantes e célebres desta escola eram os Concursos quer de acesso quer para progressão na Carreira Médica. Era quase lendária a sua grande dificuldade e o prestígio inerente daqueles que ultrapassavam aquelas provas com êxito. Raramente se “passava” na 1ª tentativa. Muitos médicos submetiam-se a tais “torneios de cavalaria científica” (nome com que foram baptisados por René Lariche - prestigiado cirurgião de Estrasburgo), procurando a aura de prestígio de ter ficado aprovado nos Concursos dos HCL - antes de enveredarem por uma carreira noutros Hospitais ou na Faculdade de Medicina de Lisboa (no H. Sª Maria) ou ainda para aproveitarem essa mais-valia conquistada arduamente para inscreverem na tabuleta à porta dos seus consultórios particulares as 3 letras mágicas: HCL. Consultórios de prestígio anunciavam, daquele modo: Ex Interno dos HCL, Médico dos HCL, etc.
Estes Concursos plenos de exigência (sobre os quais existem inúmeras histórias plenas de humor ou de dramatismo) filtravam assim a Qualidade clínica que vinha ao de cima como a “nata” da Medicina Portuguesa. Escolhiam-se os melhores entre os melhores. Eram, em conjunto com as Carreiras Médicas, uma das “pedras de toque” do espírito dos HCL e do seu Património Científico. Duravam várias semanas empolgantes, onde assistíamos a situações com grande polémica e eram vistos, por vezes, por uma assistência muito numerosa que mal cabia nas salas solenes e que era composta por colegas que “torciam” pelo seu candidato favorito ou amigo, e por famílias da elite lisboeta da altura - quando eram mais mediáticas porque estavam em causa nomes sonantes ou com “pedigree”,- onde não era raro verem-se senhoras de chapéu e vestido de cerimónia ,com flores no regaço, sentadas na 1ª fila.
Para além das provas clínicas escritas (após observação de 2 Doentes - durante o tempo limite de 3 horas) e sua leitura com interrogatório subsequente, existiam provas teóricas com interrogatório (Júris de 5 elementos) e outras em que as mais difíceis eram a “prova de caras” (em frente de todo o Júri eram observados 2 Doentes com 1 hora para observação e outra para exposição) e a terrível prova de cadáver. O facilitismo progressivo que progressivamente se veio a instalar nos Concursos dos HCL, a partir do final da década de 1970 e início da década de 1980, e as alterações nas Carreiras Médicas foram as 2 “machadadas” finais na alma da Escola dos HCL.