quarta-feira, 30 de setembro de 2015

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

The News

“One reason that cats are happier than people is that they have no newspapers.”
(Gwendolyn Brooks)
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Fotografia espontânea (Candid) feita no Bairro Alto Lisboa. Ao passar pela rua do Norte e fazia a foto estas senhoras estavam tão entretidas a comentar uma revista que liam que não deram por mim. O Deus dos fotógrafos estava comigo pois uma delas abriu a boca com tédio à laia de comentário sobre as notícias que ouvia e “fez” a fotografia.

Spontaneous photo (Candid) made in an old neighbourhood (Bairro Alto) of Lisbon. As I was passing by the North Street and made the picture these ladies were so amused to comment a magazine that did not notice me. The God of the photographers was with me as one of them opened his mouth bored by the news she heard… and that "made" the shot.

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Retrato de rua


“The reason some portraits don't look true to life is that some people make no effort to resemble their pictures.”
(Salvador Dali)

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Gypsy Soul

"I have always considered myself a free spirit with a Gypsy soul. Surrendering gratefully to where ever life takes me."
- Melanie Moushigian Koulouris

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

As Escadas II


As Escadas I

As escadas fazem parte do imaginário infantil e adolescente muitas vezes com a sugestão do que é “aprendido” através do cinema. Todos nos lembramos de escadas misteriosas que conduzem a um sótão que tanto pode conter brinquedos antigos e teias de aranha, quiçá algum fantasma ou mesmo o Peter Pan para nos levar à Terra do Nunca.
Só para citar algumas escadas que foram protagonistas em filmes (entre muitos outros) lembro a escada do filme “Frankenstein” de Mary Shelley (lindíssima); a escada do filme “E Tudo o Vento Levou” que era típica das mansões dos antigos donos das plantações norte americanos e era o centro da casa desempenhando um papel fundamental no filme; a fantástica escada do filme “Highlander”; a escada do filme “Matrix Reloaded” que afinal são duas escadas que saem do mesmo lugar e que levam para o mesmo lugar; a escada do filme Psico que é como se fosse uma estrutura viva que nos convida a subir mediante a perspectiva da câmara.
Por outro lado a simbologia da escada está profundamente ligada à intermediação entre o Céu e a Terra, à ascensão e à evolução de natureza espiritual. Os seus degraus podem ser as várias etapas a ultrapassar para se atingir o divino. Sinónimo de verticalidade, reatando uma harmonia que foi quebrada pela separação na génese do mundo, a escada é, simbolicamente, um meio ou instrumento de evolução pessoal e de ascensão espiritual.
Obviamente por estas e outras razões – mormente de plasticidade – são um motivo muito atractivo para quem faz fotografia.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

terça-feira, 15 de setembro de 2015

D. Guilhermina

Vendedora na Praça da Fruta das Caldas da Rainha.
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“It is more important to click with people than to click the shutter.”
(Alfred Eisenstaedt)

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Secret Story

Quando olhamos com mais atenção para as montras das lojas concluímos que deve haver uma história secreta sobre manequins.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

The Eagle

Dr. José Sanches - Uma águia na advocacia Caldense bem como noutros areópagos.
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“There's only one way to become an eagle, and that's to be born an eagle.” 
(Shirley Corder)

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Atmosfera

No céu de um mercado a geometria das tendas conduziam o olhar. Após alguns momentos captei uma silhueta misteriosa de um homem magro de óculos cintilantes que passou - recortada na atmosfera cinzenta na diagonal do meu enquadramento. O enigma na fotografia. Lembrei-me por breves instantes de um qualquer outro local longínquo desenhado com o grafismo e a simplicidade de Hugo Pratt.

A fotografia tem o poder de transformar a realidade de acordo com os nossos próprios sonhos. 

domingo, 6 de setembro de 2015

A praia segue dentro de momentos II


A praia segue dentro de momentos I

Aqui vai mais um registo acerca das estruturas aberrantes que invadem as praias Portuguesas. Neste caso um Pavilhão de plástico (para eventos eventuais) que está vazio a maior parte do tempo. O telhado e as paredes permitem entrever, desfocada, a praia lá fora. As sucessivas janelas em sequência fazem lembrar os frames de uma película cinematográfica. Um filme surreal em que a praia e os seus personagens habituais ficam cada vez mais distantes da actualidade - guardada por uma silhueta misteriosa junto à porta.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

O sentido oculto do céu

Na fotografia de rua que faço tenho tido também a preocupação de fazer retratos de gente que vive marginalizada da sociedade de consumo. Sobretudo aqueles que, por infelicidade, apresentam deficiência física ou mental. Excluídos por preconceito formam como um outro povo aparentemente invisível para o resto do mundo. Caminhar ao lado dessas pessoas não será perda de tempo já que fotografia de rua também é tornar visível o invisível.

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Tá Nice


Objecto estranho sobre a praia

A tradição já não é o que era. Infelizmente também para as praias Portuguesas. De facto, de há uns anos para cá assistimos à progressiva apropriação do espaço dos nossos areais por pretensos objectos de lazer. Legos de borracha colorida para criancinhas (e não só) saltitantes e estruturas metálicas para ginastas de Verão, entre outros, invadem o areal. Em vez de um tempo de serenidade em redor de búzios ou de contemplação das algas e marés, ou mesmo de namoros em comunhão com a mãe Natureza, surgem altifalantes e gritos que entram estridentes no ouvido interno do pagode alienado.
Compete também ao fotógrafo, com o seu olhar, tornar aparente o surreal apontando a objectiva da sua máquina ao contra-senso e assim permitir com o enquadramento a sua desmontagem durante a leitura das imagens.
Ah… e felizmente ainda restam alguns santuários. Cada vez menos.

A Cabine

A propósito de estruturas aberrantes semeadas por muitas das nossas praias hoje trago uma imponente cabine com duche e publicidade que registei, na Foz do Arelho, por entre pavilhões de plástico, legos gigantescos e palcos com gente a dançar animada pelo som tonitruante de megafones. Acresce que ostenta a palavra "naturalmente" numa situação que tem pouco a ver com a Natureza. De facto a praia já não é um lugar em que se ouve o marulhar das ondas e o pio das gaivotas e onde pairava uma serenidade que convidava à meditação e nos reconfortava.
No meio desta alienação lembrei-me, a propósito desta espécie de cápsula, de Jorge Luís Borges e do seu livro seminal: Ficções. E surgiram estas palavras:

Uma Cápsula do Tempo
Numa praia perto de si
Como se esperasse por alguém
Que poderá desaparecer no seu interior
Teletransporte onde tudo parte e chega
Comunicando Universos diferentes
Convergentes, divergentes, paralelos
Um Tempo livre de relógios
Lentamente vamos depressa
Soltos num Tempo multíplice
Cada Presente tem vários Futuros
Uma quantidade espantosa de realidades
O ponto de chegada será sempre o de partida
O Nada
O Nada que é a imagem de tudo e todos
De mãos dadas
Reflectida no espelho do Infinito

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Invisible Story

Ao mesmo tempo que as ruas mantêm o seu permanente movimento de pessoas e veículos há uma dimensão subterrânea, da cidade, aparentemente escondida. Debaixo da aparente indiferença do mundo à superfície há silêncios e gestos de gente que mergulha na escuridão. Por vezes por breves instantes observamos uma mão como que fazendo uma última súplica antes de desaparecer.