A tradição já não é o que era.
Infelizmente também para as praias Portuguesas. De facto, de há uns anos para
cá assistimos à progressiva apropriação do espaço dos nossos areais por
pretensos objectos de lazer. Legos de borracha colorida para criancinhas (e não
só) saltitantes e estruturas metálicas para ginastas de Verão, entre outros,
invadem o areal. Em vez de um tempo de serenidade em redor de búzios ou de
contemplação das algas e marés, ou mesmo de namoros em comunhão com a mãe
Natureza, surgem altifalantes e gritos que entram estridentes no ouvido interno
do pagode alienado.
Compete também ao fotógrafo,
com o seu olhar, tornar aparente o surreal apontando a objectiva da sua máquina
ao contra-senso e assim permitir com o enquadramento a sua desmontagem durante
a leitura das imagens.
Ah… e felizmente ainda restam
alguns santuários. Cada vez menos.
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