segunda-feira, 21 de setembro de 2015

As Escadas I

As escadas fazem parte do imaginário infantil e adolescente muitas vezes com a sugestão do que é “aprendido” através do cinema. Todos nos lembramos de escadas misteriosas que conduzem a um sótão que tanto pode conter brinquedos antigos e teias de aranha, quiçá algum fantasma ou mesmo o Peter Pan para nos levar à Terra do Nunca.
Só para citar algumas escadas que foram protagonistas em filmes (entre muitos outros) lembro a escada do filme “Frankenstein” de Mary Shelley (lindíssima); a escada do filme “E Tudo o Vento Levou” que era típica das mansões dos antigos donos das plantações norte americanos e era o centro da casa desempenhando um papel fundamental no filme; a fantástica escada do filme “Highlander”; a escada do filme “Matrix Reloaded” que afinal são duas escadas que saem do mesmo lugar e que levam para o mesmo lugar; a escada do filme Psico que é como se fosse uma estrutura viva que nos convida a subir mediante a perspectiva da câmara.
Por outro lado a simbologia da escada está profundamente ligada à intermediação entre o Céu e a Terra, à ascensão e à evolução de natureza espiritual. Os seus degraus podem ser as várias etapas a ultrapassar para se atingir o divino. Sinónimo de verticalidade, reatando uma harmonia que foi quebrada pela separação na génese do mundo, a escada é, simbolicamente, um meio ou instrumento de evolução pessoal e de ascensão espiritual.
Obviamente por estas e outras razões – mormente de plasticidade – são um motivo muito atractivo para quem faz fotografia.

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