domingo, 28 de setembro de 2014

O Atleta

Todos os dias o Sr. Francisco “pega” às 9h e anda cerca de 20 km. Parte das Caldas da Rainha vai até à Foz do Arelho e regressa novamente ao ponto de partida. Com a pele tisnada do sol é uma figura conhecida e habitual na pista pedonal da estrada nova para a Foz. Com cerca de 80 anos acredita olimpicamente no lema “ande pela sua Saúde” e sente, diariamente, a felicidade promovida pelas endorfinas libertadas durante o exercício enquanto o céu e as nuvens enquadram a sua cabeleira branca desalinhada pelo vento. Uma figura. Obviamente não resistimos ao impulso de fotografar.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Ágata


Para estas fotos, previamente, executei os quadros em acrílico sobre tela (1mX1m). Cada um demorou cerca de uma semana a pintar. Depois teve lugar a sessão fotográfica com a minha filha Ágata sentada em frente dos quadros e fotografou-se em sequências de sobreposição de imagens. A edição destas foi feita no Lightroom 5.6 de onde foram exportadas para o Photoshop CS5.
Trata-se de uma experiência criativa em que pintura e fotografia andaram de mãos dadas numa miscigenação que julgo saudável. Tal, aliás, tem por vezes acontecido na história quer da pintura quer da fotografia. 

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Kaos

Este tipo de imagem pode suscitar leituras diversas. Seria interessante que, se possível, os visitantes comentassem com a sua própria interpretação. O que agradeço desde já. Aqui vai a minha:
"Na casa em que vivemos que é este nosso País, interpreta-se repetidamente uma tragicomédia em que idealismo e ganância, patriotismo e conveniência, tendem a confundir-se. Há mesmo pessoas que parecem renascer constantemente em cada geração como actores cujo guião é fazer mais do mesmo para nada mudar ou mudar muito pouco.
Como a ausência de Culturiosidade parece endémica no córtex frontal da mentalidade Lusitana, periodicamente, o País é inundado pelo medo e, em vez de nadar, fica paralisado prestes a afogar-se. E frequentemente só consegue recorrer a tiques que ficaram ainda do tempo da Inquisição - invisível a serpentear pelas ruas onde se vocifera, se denuncia e se diz mal – muitas vezes a cavalo na inveja e na vingança -, mas onde quase ninguém liga aos verdadeiros problemas e à desolação dos outros. 

Sentados na cadeira dos silêncios trazemos ao peito a caliça das paredes com sombra desta casa em ruína. 

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

O Senhor da Pedra


Existem diversas lendas na região que justificam a construção do Santuário. Possuem em comum a acção milagrosa de uma antiga cruz de pedra com a imagem esculpida de Cristo crucificado, hoje exposta no altar-mor da igreja. A mais popular esclarece que na década de 1730, vivendo a região uma prolongada seca, com grandes prejuízos para a agricultura, um lavrador foi chamado pela imagem, que se encontrava escondida num combro por entre silvados, em terreno da Colegiada de Santa Maria de Óbidos, junto à estrada que ligava esta vila às Caldas da Rainha. A imagem "clamou-lhe" veneração, o que o lavrador cumpriu juntamente com alguns outros populares, tendo vindo a chover.
A tradição narra que aquela pequena escultura ali havia sido colocada pela própria rainha D. Leonor, para indicar o caminho das águas curativas da Caldas, tendo-se tornado objecto de veneração à época, mas tendo depois caído no esquecimento. Com a sua redescoberta pelo lavrador e o "milagre" subsequente, a imagem voltou a ser objecto de devoção popular, tendo sido erigida uma capela de madeira para albergar a imagem.
Em 1737 foi feita a oferta simbólica da primeira moeda de esmola para a construção de um novo templo que albergasse a imagem milagrosa do Senhor Jesus da Pedra, de modo que, com risco do arquitecto capitão Rodrigo Franco, da Mitra Patriarcal, em 1740 foi lançada a primeira pedra do templo, dedicada a São Tomé Apóstolo, por D. José Dantas Barbosa, arcebispo de Lacedemónia, ministro da cúria patriarcal, juiz das justificações de genere e delegado de D. Tomás de Almeida, cardeal patriarca.
Em 1742 João V de Portugal inicia os seus tratamentos no Hospital Termal Rainha D. Leonor, passando a visitar frequentemente a imagem do Senhor Jesus da Pedra, pela qual tinha grande veneração, ofertando-lhe avultadas esmolas.
Com esses auxílios, em 1747 iniciam-se as solenidades de inauguração do Santuário, com a chegada a Óbidos do arcebispo de Lacedemónia, e recepção junto ao Santuário, onde foi proferida uma oração. O arcebispo visitou a Família Real em Caldas da Rainha, comunicando ao rei as datas previstas para as celebrações. O soberano deu o seu aval e ordenou que o tesouro da Igreja de Nossa Senhora do Pópulo fosse posto à disposição para as cerimónias
Em 1751 registou-se a conclusão da abóbada de cantaria da torre do lado Norte.
Posteriormente, em 1764, o escultor Joaquim da Silva Coelho, de Alcobaça, executa a série dos Apóstolos para o Santuário.
(Fonte: Wikipedia) 

domingo, 21 de setembro de 2014

sábado, 20 de setembro de 2014

Great!!!

Após cerca de 5 anos e meio de publicação, com mais de 131 mil visitas de dezenas de países e com um livro Heavenly editado o nosso blogue renova-se com novo figurino em que as imagens adquirem maior protagonismo e disponibiliza em cada publicação novas funcionalidades. Há uma nova imagem a acompanhar o título do blogue – eventualmente a ser substituída ciclicamente quando tal se justificar.
Com formação fotográfica em plena época dourada do analógico só desde 2009 aceitámos, não sem alguma desconfiança, o desafio do formato digital. Após um início em que fotografámos com uma pequena máquina digital de bolso, fomos realizando imagens com material cada vez mais diferenciado – mormente desde há um ano a esta parte. A edição (e em consequência a qualidade) das fotografias mereceu uma evolução acentuada desde o início deste ano – em que passámos a utilizar o Lightroom 5.6.
Aproveitamos para agradecer a todos (as) quantos (as) nos tem continuado a dar o privilégio da sua visita e dos seus comentários e sugestões. Esperamos continuar a merecer a Vossa companhia.

Great!!!!!!

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

A Escada e a Vida


A escada pode ser utilizada como metáfora da e na Vida. Durante a nossa existência umas vezes subimos e outras descemos. Por vezes corremos alegremente e outras arrastamo-nos lentamente. Há degraus bons e degraus que nos causam dor. Umas vezes encaramos com esperança os próximos lances, outras percorremo-los penosamente. Há alturas que é difícil perceber se vamos a subir ou a descer. Após lenta ascensão, na última fase da Vida, é com algumas dúvidas e ou receios que enfrentamos os seus últimos degraus. Será que vamos encontrar alguma porta? Aberta ou fechada? E depois haverá um depois?

Get Out (from Leaving las Vegas) - Mike Figgis