Discrição desta lindissima casa: - uma espécie de exilio para as almas; - uma casa feitas de tantas casas, onde já ecoaram vozes e risos, silêncios e melodias, susurros das histórias contadas, dos amores vividos, dos sofrimentos calados, dos segredos expostos. Como diria Mia Couto: " O importante não é a casa onde ,moramos, mas onde, em nós a casa mora". Arrenda-se? L.B.
..., nesta velha casa onde foi muito facil entrar... - cuidadosamente para não mais estragar, como que em camara lenta, de olhos bem abertos percorrendo silenciosamente os poucos e pequenos compartimentos, separados ainda por cortinas grossas..., poucos objectos ainda permaneciam como que esquecidos no tempo... - camas de colchão de palha, mantas de retalhos, um caldeirão e panelas em ferro assentes na pedra ainda coberta de cinzas, ao lado do fogão de serrim..., em cima da mesa de tabuas e pousado no unico banco corrido de madeira, estavam uns poucos brinquedos enfarruscados e paus - o chão da cozinha era em terra batida e a banca em lousa preta...., aqui viveram antepassados!!!
...,voltei-me, voltei a fechar a janela já sem vidros enquanto sentia uma enorme nostalgia (confortavel), que me acompanhou na viagem de regresso, depois de encostada a porta de entrada cuja tranca não fora impedimento!!!
Foi bom este estar a "sós" e entrar, visitando o "passado" que assim se torna presente e funciona como "raiz/alicerce" da construção presente......Curioso lembrar e sentir a diferença nas relações entre espaço e comunicação... - em espaços reduzidos ela acontece espontaneamente dada a proximidade fisica existente, os afectos são mais facilmente partilhados e apesar de tudo isso as crianças conseguiam sempre brincar ás escondidas....Curioso como precisamos de tão pouco!!! Curioso pensarmos que tambem somos "casas" e que muitas vezes precisamos "arejar" nossos compartimentos, "limpando" pó e teias, preservando as estruturas.... Deliciosa casa de madeira!!! Abraço AC
2 comentários:
Discrição desta lindissima casa:
- uma espécie de exilio para as almas;
- uma casa feitas de tantas casas, onde já ecoaram vozes e risos, silêncios e melodias, susurros das histórias contadas, dos amores vividos, dos sofrimentos calados, dos segredos expostos.
Como diria Mia Couto:
" O importante não é a casa onde ,moramos, mas onde, em nós a casa mora".
Arrenda-se?
L.B.
..., nesta velha casa onde foi muito facil entrar... - cuidadosamente para não mais estragar, como que em camara lenta, de olhos bem abertos percorrendo silenciosamente os poucos e pequenos compartimentos, separados ainda por cortinas grossas..., poucos objectos ainda permaneciam como que esquecidos no tempo... - camas de colchão de palha, mantas de retalhos, um caldeirão e panelas em ferro assentes na pedra ainda coberta de cinzas, ao lado do fogão de serrim..., em cima da mesa de tabuas e pousado no unico banco corrido de madeira, estavam uns poucos brinquedos enfarruscados e paus - o chão da cozinha era em terra batida e a banca em lousa preta...., aqui viveram antepassados!!!
...,voltei-me, voltei a fechar a janela já sem vidros enquanto sentia uma enorme nostalgia (confortavel), que me acompanhou na viagem de regresso, depois de encostada a porta de entrada cuja tranca não fora impedimento!!!
Foi bom este estar a "sós" e entrar, visitando o "passado" que assim se torna presente e funciona como "raiz/alicerce" da construção presente......Curioso lembrar e sentir a diferença nas relações entre espaço e comunicação... - em espaços reduzidos ela acontece espontaneamente dada a proximidade fisica existente, os afectos são mais facilmente partilhados e apesar de tudo isso as crianças conseguiam sempre brincar ás escondidas....Curioso como precisamos de tão pouco!!! Curioso pensarmos que tambem somos "casas" e que muitas vezes precisamos "arejar" nossos compartimentos, "limpando" pó e teias, preservando as estruturas....
Deliciosa casa de madeira!!!
Abraço
AC
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