Quando visitava a Feira
Medieval de Óbidos fui surpreendido, no caminho junto à cerca do castelo, por
uma menina encarrapitada numa pequena árvore. Perante a cena quase surreal a
camara fotográfica obviamente não ficou quieta e, como extensão mental, tentou
colher a essência do momento. O assunto era irresistível porque o sorriso da
menina fez-me transportar a um tempo em que, ainda rapazola, trepava às árvores
para observar embevecido os ninhos das aves e por aí ficava inebriado pela
tranquilidade da copa verdejante, pelo canto dos pássaros e pelo aroma de
amoras que a brisa morna do Verão me trazia. Sentia então como se estivesse no
topo do mundo num lugar privilegiado e sereno sorria. Tal como a menina que
ontem encontrei sentada nos braços de uma árvore.
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