Ao trazeres Keith Jarret a executar Radiance 08, a visão de Edward Hopper impõe-se-me na interpretação subjetiva desta imagem, que evoca um silêncio absoluto mas que me perturba positivamente. A luz dourada que as nuvens irradiam, como reflexo do sol, transmitem-me uma sensação gloriosa de vida no espaço, que o azul celeste reforça imperiosamente. Vogo entre a intensa placidez instalada neste céu e que reclama ser ouvida atentamente e o imperioso apelo da radiação solar para voar de asas bem abertas sobre o diáfano manto das nuvens. Ouro quente em primeiro plano, que atrai irresistivelmente o olhar num primeiro instante, enquanto o azul tranquilo espera ao fundo o seu momento de atenção. São as improvisações de Keith Jarrett ao piano que me desafiam à divagação e, consequentemente, à introspeção. Parabéns, Vasco! E muito obrigada! Foi uma partilha com chave de ouro!
..., num ambiente de festa e alegria, de decoração simples mas cuidada, de paredes em tons azuis quase alilasados com pequenos "pontos" dançantes, onde tudo e todos começavam a tomar os seus lugares,..., á volta de uma enorme toalha, leve, vaporosa, de tons dourados, requintada, de bordos cuidadosamente desenhados a rendilhados salteados entre pinturas de sonhos e realidades criadas....., afinal, era um dia especial, sem sabermos que o era, onde todos estavamos sentados á mesa de um banquete especialmente convidados, ( o banquete dos Desejos ),........ ..., do lado esquerdo encontrava-se uma velha lamparina de azeite, apagada,.......,!!! e como quem vem do nada, do nada surgiu o tambem velho sábio, que num gesto quase mágico, a agarrou, explicando que dela poderia fazer sair 3 desejos (quaisquer que fossem )...., era o "génio", de rosto pouco perceptivel, envolto em sombras de nuvens passageiras, que calmamente e com a magia de quem sabe, friccionava a velha lamparina que pouco a pouco se tornava de cor reluzentemente dourada,............,
OPS!!!!!!!!,....., quase caía, afinal, eu já estava num "tapete mágico", tambem ele dourado, leve, voador,.........cumpria-se assim o primeiro desejo pensado!!!! Abraço AC
Obrigado Tina pelo comentário muito simpático descrevendo as suas sensibilidades ao apreciar o binómio foto/música. Escolhi Radiance como tema exactamente porque a nuvem - ao ser iluminada por detrás no pôr do sol acabou por "irradiar" uma luz muito especial. Edward Hoper foi um pintor americano celebrizado por os seus quadros retratarem a solidão do homem urbano e por terem uma iluminação (por vezes com fontes de luz bem diversas) surpreendente. Obviamente "Radiance" (e a foto) tem a ver com a luminosidade. Obrigado AC por nos contar mais uma história que a sua imaginação criou através da imagem. De facto a nuvem parece - qual cavalo alado - iniciar uma viagem planante sobre o infinito do azul. Bem hajam VT
3 comentários:
Ao trazeres Keith Jarret a executar Radiance 08, a visão de Edward Hopper impõe-se-me na interpretação subjetiva desta imagem, que evoca um silêncio absoluto mas que me perturba positivamente. A luz dourada que as nuvens irradiam, como reflexo do sol, transmitem-me uma sensação gloriosa de vida no espaço, que o azul celeste reforça imperiosamente. Vogo entre a intensa placidez instalada neste céu e que reclama ser ouvida atentamente e o imperioso apelo da radiação solar para voar de asas bem abertas sobre o diáfano manto das nuvens. Ouro quente em primeiro plano, que atrai irresistivelmente o olhar num primeiro instante, enquanto o azul tranquilo espera ao fundo o seu momento de atenção.
São as improvisações de Keith Jarrett ao piano que me desafiam à divagação e, consequentemente, à introspeção.
Parabéns, Vasco! E muito obrigada! Foi uma partilha com chave de ouro!
..., num ambiente de festa e alegria, de decoração simples mas cuidada, de paredes em tons azuis quase alilasados com pequenos "pontos" dançantes, onde tudo e todos começavam a tomar os seus lugares,..., á volta de uma enorme toalha, leve, vaporosa, de tons dourados, requintada, de bordos cuidadosamente desenhados a rendilhados salteados entre pinturas de sonhos e realidades criadas....., afinal, era um dia especial, sem sabermos que o era, onde todos estavamos sentados á mesa de um banquete especialmente convidados, ( o banquete dos Desejos ),........
..., do lado esquerdo encontrava-se uma velha lamparina de azeite, apagada,.......,!!! e como quem vem do nada, do nada surgiu o tambem velho sábio, que num gesto quase mágico, a agarrou, explicando que dela poderia fazer sair 3 desejos (quaisquer que fossem )...., era o "génio", de rosto pouco perceptivel, envolto em sombras de nuvens passageiras, que calmamente e com a magia de quem sabe, friccionava a velha lamparina que pouco a pouco se tornava de cor reluzentemente dourada,............,
OPS!!!!!!!!,....., quase caía, afinal, eu já estava num "tapete mágico", tambem ele dourado, leve, voador,.........cumpria-se assim o primeiro desejo pensado!!!!
Abraço
AC
Obrigado Tina pelo comentário muito simpático descrevendo as suas sensibilidades ao apreciar o binómio foto/música. Escolhi Radiance como tema exactamente porque a nuvem - ao ser iluminada por detrás no pôr do sol acabou por "irradiar" uma luz muito especial. Edward Hoper foi um pintor americano celebrizado por os seus quadros retratarem a solidão do homem urbano e por terem uma iluminação (por vezes com fontes de luz bem diversas) surpreendente. Obviamente "Radiance" (e a foto) tem a ver com a luminosidade.
Obrigado AC por nos contar mais uma história que a sua imaginação criou através da imagem. De facto a nuvem parece - qual cavalo alado - iniciar uma viagem planante sobre o infinito do azul.
Bem hajam
VT
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