segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Silent beach


I asked for love - Lisa Gerrard & Patrick Cassidy 

6 comentários:

Tina disse...

Uma imagem da Foz do Arelho de uma beleza sem par! A opção pelo preto e branco, fazendo contrastar fortemente os tons mais claros dos mais escuros, torna mais intensa a paisagem, onde o silêncio grita que é de ouro.
Ao som desta magnífica melodia que celebra a alegria de se estar só, as pegadas solitárias na grande extensão do areal branco ganham outro significado.
Privilegiado aquele que se detém a observar a lagoa à esquerda, em tom mais escuro que prende o olhar, que se levanta depois ao céu povoado de belas nuvens de algodão branco que se elevam em castelo para o céu escuro, onde outras nuvens prometem desabar em chuva.
No horizonte, a fina linha do mar que desaba em ondas impetuosas na praia é mais um apelo à contemplação.
Parabéns, Vasco, por este registo de extrema beleza e pela simbiose tão bem conseguida com a peça musical!

Anónimo disse...

My Secret Beach

I sense silence
yet all around I hear the sounds of nature.
The shingle crackles and grates under my feet,
the rhythmic whoosh of the waves fills my ears
and the shrieking of a hundred gulls gives a voice to the deserted shore line.
Here I am alone.
Yet my companion, this hidden secret beach,
is here to wrap me in splendid seclusion.
I am alone but I share my very being with the raw edge of nature.
Here I hear my own voice, though silent.
Here my thoughts surround me.
Here I am at one with myself yet enveloped by a greater force,
one which allows me the freedom I crave
whilst lifting me out of myself and cradling me in glorious isolation.
The beach is ever changing.
Some days filled with wrath, others tranquil and calm.
Some days the sea is an enigmatic aqua, another as grey as granite.
I look toward the horizon and see my life uncharted.
What lies beyond? Who can tell?
But here I can be myself.
Unquestioned,
unchalleng ed.
Here I can think,
consider, compose.

Keith Hillman

Sem legendas, fiquei apenas ouvindo os sons do silêncio…
FC

Anónimo disse...

...,para esta foto, não poderia haver outra escolha que não Lisa Gerrard e não por acaso....

..., silencio, talvez seja o fenomeno omnipresente, em todos os espaços e em nós mesmos, enquanto natureza transcendente, metafisica...., ele pode ser assustador, intimidador, provocador, abominavel,...(etc), mas ele é sábio e existe sempre independentemente das pessoas o escutarem ou não...., nele podemos encontrar a linguagem do corpo, dos sentidos e dos sentimentos mais profundos, celestiais mesmo,...., nele se faz Poesia, ..., é uma forma de extensão de nós proprios,...,ele é bom para todas as aflições, é organizador, obriga ao recolhimento, á interioridade, é uma especie de sinal obrigatório de crescimento........, que muitos de nós tem dificuldade em lidar ( é curioso observar que perante uma ordem de silencio numa sala, em que não há nada para olhar ou fazer, um grupo de pessoas dificilmente consegue manter o silencio por muito tempo,..., não por acaso),...e quando os silencios se tocam, milagres podem acontecer, como o Amor (esse sentimento de dificil definição).

Em final de manhã, o sol alto, brilha e projecta sombras de nuvens, (baixas) como que alongando parte da bacia da Lagôa, que se encontra em maré vaza, deixando a nu, parte de um "lixo", que rejeita e que possivelmente voltará a integrar, contrariamente á sua vontade....., o "silencio" é "alma" do negocio, ou será o "segredo" é a alma do negocio, ou serão sinónimos!!!???
Experienciar esta linguagem, poderá não ser facil, mas é de certeza gratificante e compensador... e porque há momentos em que é melhor "ouvir" que falar, me calo,...., em silencio....
Abraço
AC

Anónimo disse...

" Pegadas na Areia" é um famoso poema em forma de relato, cuja autora se chama Margaret Fishback Powers, crente convicta, que retratou a trajectória da sua vida na forma de pegadas deixadas na areia.Ao lado das suas juga que o Senhor caminha a seu lado. Até que repara que há apenas um par de oegadas marcadas na areia - nos momentos mais dificeis da sua vida- Então indaga o Mestre porque ficara sózinha nas horas de aflição e o Mestre respondeu-lhe: Só há um rasto, porque eu carrego-te nos meus próprios braços.
É u poema ( com 40 anos), querido pelos crentes, que encontra ali uma síntese do Evangelho. Este poema foi reproduzido em livros, quadros, cartões, marcadores, T-shgirts, etc.
Parabéns pela música e pela pegadas.
L.B.

ana p disse...

Sempre perfeitas fotos e musicas...
Bom ano

VT disse...

Obrigado Tina pela análise muito completa e adequada que faz da imagem. De facto para além do preto e branco "dramatizar" mais a imagem e os contrastes que o tema apresentava (há zonas do areal mais claras e outras mais escuras - onde se projecta a sombra das nuvens, o enquadramento confere uma dimensão surrealista.
Obrigado FC pela sensibilidade. A poesia que nos trouxe é lindissima e adequa-se muito bem. Acabamos por nos integrarmos nas suas palavras - não sem emoção. Excelente.
Obrigado AC por partilhar as suas reflexões - mais uma viagem criativa e imaginativa a partir da foto.
Obrigado LB pela interessante história/parábola que nos traz e pelo simpático comentário - relativo à foto.
Obrigado Magnólia pela sua presença e um Bom ano também para si.
Bem hajam
VT