sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Flight at sunset


Liberté - Armand Amar 

4 comentários:

Tina disse...

Belíssima foto com as cores quentes da minha terra natal, o que só por si já é motivo para me seduzir. É admirável o equilíbrio perfeito dos tons em contraste, desde o quente alaranjado do pôr-do-sol ao azul do céu que este entardecer tornou mais profundo. A predominância do elemento migração nesta foto é bem forte e sugestiva. Diz-me um colega que são patos, que imitam os gansos na formação em V para migrar... A melodia, tão envolvente e perante um cenário tão lindo, faz-me sonhar com voos mais altos, seguindo o exemplo das venturosas aves que vão à procura de outros locais para passar o Verão. Neste céu tão sedutor, como resistir ao convite para ir respirar outras paragens?
Obrigada, Vasco, pela partilha de tão bela foto. E parabéns pela sensibilidade e persistência em procurar locais onde conseguir imagens tão maravilhosas!

Anónimo disse...

....Divinamente Profundo!!!

...como as aves em movimento, tambem os meus olhos em voo seguiram o movimento das linhas (das aves e da nuvem que se ergue)..., em associação livre, no "sussurrar" desta voz em segredo, fazendo-me pensar e sentir que a "liberdade" é um "estado" a atingir, que a Natureza nos tenta ensinar.......,visualizando assim "metade"(s).

“E que a força no medo que eu tenho, não me impeça de ver o que anseio.(...),
Porque metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio. Que a música que eu ouço ao longe seja linda ao invés de tristeza.(...)
Porque metade de mim é partida, a outra metade é saudade.(...)
Porque metade de mim é o que eu ouço, e a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço.
Que essa tensão que me corre por dentro seja um dia recompensada.
Porque metade de mim é o que eu penso, e a outra metade é um vulcão.(...)
Que o medo da solidão se afaste.(...)
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso, que me lembro ter dado na infância.
Porque metade de mim é a lembrança do que fui, e a outra metade eu não sei.(...)
...................................
Porque metade de mim é abrigo, e a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta, mesmo que ela não saiba, e que ninguém a tente complicar.
Porque é preciso simplicidade para fazer florescer.
Porque metade de mim é platéia, e a outra metade é canção.
E, que a minha loucura seja perdoada.
Porque metade de mim é Amor, e a outra metade...também!” (Oswaldo Montenegro).

Uma leitura,( outras serão possiveis )...,num movimento de procura que nos pode confrontar com a "dualidade", a inperfeição de seres incompletos por natureza.....
Abraço
AC

VT disse...

Obrigado Tina e AC pelos Vossos excelentes comentários - configurando quase outros "posts" dentro do "post" e contribuindo para um melhor resultado final.
A foto mostra um bando de corvos marinhos que depois de passar o dia na Lagoa de Óbidos, alimentando-se de pequenos peixes e às vezes enguias (q dão uma luta de horas contorcendo-se sem parar no bico da ave), vão passar a noite ao Paúl de Tornada (alguns quilómetros a norte).
Motivou-me em particular o desenho da "formação" cujo V se curva em baixo e em continuidade com o trajecto ascendente da nuvem ao fundo.
Bem hajam
VT

Anónimo disse...

Melhor do poder viver a perfeição deste momento (obrigada Natureza!), melhor do que ter a oportunidade de o poder contemplar aqui(obrigada VT!), só mesmo ser pássaro e sentir o sabor da Liberdade ao rasgar o céu, dividido entre o vermelho fogo e o azul divino.

Obrigada
MJM