segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

The river

No rio as árvores e o céu são água onde o meu reflexo viaja em direcção ao mar. Ah… mas antes há a mulher que habita a Lagoa. A Lagoa que fica entre o meu rio e o mar. A Lagoa que me leva ao sabor da nudez dos nossos silêncios. Corpos a cantar na música da manhã. Onde ninguém nos vê. Onde a luz respira. Beijo a beijo.
.

Cry me a river - Julie London 

3 comentários:

Tina disse...

Poesia pura esta foto, que despertou prosa poética tão expressiva ao seu autor. Na verdade, esta tranquilidade cristalina alimenta a vontade de ser reflexo nestas águas para junto delas respirar o murmúrio breve da vida que na Lagoa habita... e da vida latente em nós, enriquecida neste espaço "privilegiado pela natureza".
Obrigada pela partilha, Vasco!

Anónimo disse...

...no caminho da sensualidade, uma curva cria e desenvolve a curiosidade,(...),..., envolta em agradaveis aromas campestres, de perfumes silvestres fortes,....e assim caminha ao lado de uma margem, acompanhando o trajecto de algo,(...), quase suspensa, pousa serenamente no seu novo leito, deixando que o vento e a corrente a orientem ao seu destino,...,secrectamente selvagem, singela, plena de côr, parece ainda muito forte e resistente, com o brilho de um sol,..., que por não saber o nome lhe chamei de "rosa" em que a côr das 5 petalas será dada pela imaginação dos respectivos sentidos..............
Abraço
AC

VT disse...

Parabéns a Tina e Ac pela coragem de comentar. Obrigado pela Vossa sensibilidade, criatividade e simpatia. de facto este "Preto e Branco" é dos meus preferidos porque transcende o "figurativo" proporcionando-nos franquear as portas da poesia.
Bem hajam
VT