quarta-feira, 27 de abril de 2011

Cliff

Decades - Joy Division
Here are the young men, the weight on their shoulders,
Here are the young men, well where have they been?
We knocked on the doors of Hell's darker chamber,
Pushed to the limit, we dragged ourselves in,
Watched from the wings as the scenes were replaying,
We saw ourselves now as we never had seen.
Portrayal of the trauma and degeneration,
The sorrows we suffered and never were free.
Where have they been?
Where have they been?
Where have they been?
Where have they been?
Weary inside, now our heart's lost forever,
Can't replace the fear, or the thrill of the chase,
Each ritual showed up the door for our wanderings,
Open then shut, then slammed in our face.
Where have they been?
Where have they been?
Where have they been?
Where have they been?

5 comentários:

Anónimo disse...

Imagem fabulosa!
Na minha apreciação suponho que seria talvez apaziguador, reler a fábula "da vaquinha e do precipício".
IM

Tina disse...

A composição cumpre o seu objetivo. Na foto fantástica do barranco destacam-se o abismo e a cor enevoada do céu, que interagem fortemente com a melodia, cuja letra constata uma situação limite. Imagem e som, em conjunto, transmitem uma mensagem de desgraça iminente. Por isso, dou-te os parabéns pela força expressiva da composição, Vasco.
Contudo, no que respeita à situação que o país atravessa, apesar de ser a mais grave dos últimos cem anos, não posso concordar com esta visão catastrófica. O país já atravessou situações piores no passado e reergueu-se. Acredito que Portugal está à beira do abismo mas que não vai precipitar-se nele.

Anónimo disse...

Todo um trabalho de destruição conseguido porque consentido por todos, durante decadas - fruto de um egoismos e funcionamento essencialmente materialista, caracteristico de sociedades ditas evoluidas,....

Raizes/alicerces, (o suporte para todo e qualquer desenvolvimento que se prende em muito com a questão da formação da identidade individual e colectiva), foram danificados/cortados, pondo em causa toda uma estabilidade e segurança desejaveis,...Novos paradigmas irão surgir que nos obrigarão a aprender a viver de outras formas (muito discutivel), sendo poucos os que estaremos preparados para o "abanão". O precipicio está aqui, o abismo é assustador mas ao mesmo tempo parece ser o sentido dado e a orientação escolhida,....

Preocupam-me todas as geraões vindouras, jovens/crianças, que terão pela frente um futuro desde logo comprometido, sem projectos de vida, limitados na sua emancipação/autonomia, quase obrigatoriamente obrigados a permanecer dependentes e infantilizados, com baixa auto-estima, inseguros e naturalmente descompensados - sem grandes perspectivas - a menos que optem por procurar respostas na emigração,....

Quase sinto o peso deste "morro" e o sofrimento destas arvores/arbustos,...., o esforço será muito grande e obrigatoriamente e necessariamente muitas serão as mudanças,....
Abraço
AC

VT disse...

Obrigado IM por lembrar que devemos procurar novas soluções perante novos problemas.
Obrigado Tina pelo comentário relativo à foto (composição, etc). A foto só mostra um abismo (que existe) - não se pode inferir que já lá caímos ou vamos cair...
Obrigado AC pela reflexão sobre o momento que passa e sobre as mudanças que irão surgir.
Bem hajam
VT

Tina disse...

Vasco, o abismo está lá, no que respeita ao barranco que fotografaste. No que se relaciona com a grave depressão que o país atravessa, fico com pena ao constatar aqui este espírito tão negativo.
Em 1889, Portugal atravessou uma grave crise económica, que se complicou com o "Ultimato Inglês" em 1890, o que conduziu ao assassinato de D. Carlos I e do infante D. Luís. Faliram bancos e muitas empresas, para pagar os juros da dívida externa forma aumentados os impostos, o desemprego era grande, os salários baixos apesar do horário de trabalho pesado, a qualidade de vida era péssima...
A seguir à I Guerra Mundial, muito mal passou o país; em 1920, houve uma grande quebra da produção e dos negócios, com desemprego alto, etc); em 1929, a depressão foi gerada pela sobre-produção nos EUA e Portugal voltou a passar mal. A seguir à Revolução de Abril, o FMI sobrecarregou o país devido às péssimas condições económicas que o país atravessou... A minha geração é de gente que trabalhou e estudou no duro, exceção feita à pequena percentagem que tinha pais ricos...
São apenas exemplos, para lembrar que a memória é curta. Devemos enfrentar a crise apelando à participação de todos, começando pela mudança de costumes, como do despesismo acima das posses - mas dando o exemplo! -, de mudança de mentalidades, que é importante pois o país tem sido governado ao longo dos tempos pela mentalidade da cunha, do gasto impensado dos dinheiros públicos, da exploração do povo...
Arregaçar as mangas e ajudar positivamente, aí sim, eu alinho! Vejo os jovens fazer isso no dia a dia. Que não sejamos nós, os mais velhos, a insistir em análises psicológicas retóricas e a cavar no abismo de forma catastrófica sem ajudar, na prática, a levar a sopa às famílias em situação desesperada...