Àquela hora eu lavava no tanque. A passarada em coro no festão da capela e o gato arisco no muro, com nódoas de musgo e rosas bravias em botão. A espuma que rodava da minha saia de linho tinha o cheiro das manhãs sonhadoras. No bolso do avental eu trazia metáforas para corar ao sol. Mais tarde, enquanto escutava o jorro da água em frémitos com as lavadeiras, eu numa enxerga de ilusão, perto dali, angelizava duas nuvens.
Caniçais a elevarem-se ao céu azul. Duas nuvens reinam envoltas em róseo tom. É Dia da Terra, mais um dia da Terra. Mas as nuvens não são negras. São dois pequenos flocos de algodão. Ao som da melodia envolvente lembram que o mundo é sagrado. É sobre ele que construímos o resto. O resto é tudo. Paz e plenitude. É a voz da terra que nos fala.
Gosto da simplicidade da foto e naturalidade das cores, terra, dourada, verde, azul e branca,..., dos ligeiros desniveis do campo e sobretudo da linha tênue ao fundo que nos convida a caminhar e descobrir o que estará para além,....., possivelmente mais terra que aguarda algum cultivo. Pequenos campos de centeio em flor, que darão fruto , que será transformado em farinha e que dará o Pão, alimento essencial ao ser humano, para alem de outras possibilidades de utilização,(ração para animais, produção vinicula, palha para colchões - antigamente -, etc.). Só as nuvens terão a visão "superior" que permitirá avaliar a quantidade de terra a trabalhar, abandonadas em resposta a "desafios" impostos pelo exterior,....É bom sentir o cheiro a terra desbravada, melhor ainda senti-la lavrada e cultivada em rituais já quase esquecidos que a melodia nos faz lembrar, - o amor á Terra. Abraço AC
Obrigado Aldeã pelo comentário poético em jeito de história. Obrigado Teca e volte sempre. Obrigado Tina por dar voz à voz da Terra e pela simpatia. Obrigado AC pela reflexão e amor à terra e à Terra. Bem hajam VT
5 comentários:
Àquela hora eu lavava no tanque. A passarada em coro no festão da capela e o gato arisco no muro, com nódoas de musgo e rosas bravias em botão. A espuma que rodava da minha saia de linho tinha o cheiro das manhãs sonhadoras. No bolso do avental eu trazia metáforas para corar ao sol. Mais tarde, enquanto escutava o jorro da água em frémitos com as lavadeiras, eu numa enxerga de ilusão, perto dali, angelizava duas nuvens.
A Aldeã
Uma Páscoa tranquila.
Vem e vou sem deixar rastro... agora eu volto para deixar-te um enorme beijo!
Feliz Páscoa, querido.
( ),,( )
(=':'=)
(,,)♥(,,)
Caniçais a elevarem-se ao céu azul. Duas nuvens reinam envoltas em róseo tom. É Dia da Terra, mais um dia da Terra. Mas as nuvens não são negras. São dois pequenos flocos de algodão. Ao som da melodia envolvente lembram que o mundo é sagrado. É sobre ele que construímos o resto. O resto é tudo. Paz e plenitude. É a voz da terra que nos fala.
Gosto da simplicidade da foto e naturalidade das cores, terra, dourada, verde, azul e branca,..., dos ligeiros desniveis do campo e sobretudo da linha tênue ao fundo que nos convida a caminhar e descobrir o que estará para além,....., possivelmente mais terra que aguarda algum cultivo. Pequenos campos de centeio em flor, que darão fruto , que será transformado em farinha e que dará o Pão, alimento essencial ao ser humano, para alem de outras possibilidades de utilização,(ração para animais, produção vinicula, palha para colchões - antigamente -, etc.). Só as nuvens terão a visão "superior" que permitirá avaliar a quantidade de terra a trabalhar, abandonadas em resposta a "desafios" impostos pelo exterior,....É bom sentir o cheiro a terra desbravada, melhor ainda senti-la lavrada e cultivada em rituais já quase esquecidos que a melodia nos faz lembrar, - o amor á Terra.
Abraço
AC
Obrigado Aldeã pelo comentário poético em jeito de história.
Obrigado Teca e volte sempre.
Obrigado Tina por dar voz à voz da Terra e pela simpatia.
Obrigado AC pela reflexão e amor à terra e à Terra.
Bem hajam
VT
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