segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

After the storm II

MataRainha D. Leonor - Caldas da Rainha

Lacrimosa - Zbigniew Preisner


Ainda no rescaldo do temporal com rajadas de vento rondando 120km durante cerca de 20h - que assolou o País em 18 e 19 neste mês de Janeiro, apresentamos também algumas fotos dos seus efeitos no Património importante que é a Mata das Caldas da Rainha. Contabilizam-se neste momento 375 árvores que tombaram na Mata após as suas raízes cederem numa terra com pouca sustentabilidade dado estar empapada de água das últimas chuvadas. Entre outros veneráveis espécimes que foram “arrancados” da terra contam-se vários Eucaliptus Globulus, referenciados como os únicos exemplares desta variedade na Península Ibérica, que foram plantados, em 1889, por Rodrigo Berquó. Alguns destes eucaliptos teriam mais de 50m de altura. No meio desta verdadeira tragédia tive a oportunidade de verificar que algumas das "joias" principais da Mata com mais de 300 anos ficaram de pé - mormente um Carvalho (ver “post” de 26-9-2009), um Pinheiro manso (ver “post” de 24-9-2009) e um Cedro gigante (ver “post” de 22-9-2009) que são exemplares de grande importância e raridade pela sua idade e porte fora do comum. Perdemos muitos amigos. No Parque contabilizaram-se 90 exemplares caídos e 255 no Pinhal de S. Isidoro. Continuamos de Luto.
Obsv.: Os números finais com os totais dos diferentes tipos de árvores que tombaram indicam:
Pinheiros - 269
Acácias da Austrália - 174
Pitósporos - 84
Loureiros - 80
Cedros - 63
Eucaliptos - 24
Carvalhos - 11
Plátanos - 8
Sobreiros - 2
Tilias - 2
Alfarrobeira - 1
Choupo - 1
Zambujeiro - 1
Total: 720 árvores 

6 comentários:

Luz Santos disse...

VT:
Durante o temporal, penso eu, destruiu património e até a alma de alguns, mais sensíveis que outros.
A Natureza é implacável quando quer, e os homens são maus que baste.
Foram dias horríveis VT, para tanta gente!
É por isso que a fotografia é necessária, e sem fotochop, como testemunha do que foi o que outros não viram.

Anónimo disse...

Maravilha..
Maria Conceicao Morais

Anónimo disse...

Qualquer tragédia traz consigo uma sensação de impotência a quem assiste ao seu rasto de destruição. Esta e outras fotografias revelam com clareza a face cruel da destruição... :((( Contra as intempéries, quando violentas, pouco ou nada se pode fazer na altura em que se desenvolvem. Mas mesmo assim, podemos nos considerar afortunados comparativamente a outros países, que sofrem ou sofreram estas calamidades em níveis muito superiores. Mas como se diz, " o problema dos outros é dos outros, ainda que sejam meus amados". É com tristeza que vemos a nossa Mata e o Parque D. Carlos neste estado....e as belíssimas fotos ficam, para que a memória não se esqueça.
Anita Martins

Anónimo disse...

;( Que ventos maus têm varrido este país!
Cristina Ramos Horta

Anónimo disse...

que tristeza, uma tragédia este temporal por todo o lado... o nosso oeste foi bem fustigado!
Maria Da Conceição Morgado

Anónimo disse...

A destruição, trouxe-nos à reflexão: somos tão insignificantes!
Luísa Barbosa