Peace Piece - Bill Evans
domingo, 30 de novembro de 2014
sábado, 29 de novembro de 2014
I asked for Love
I asked for Love - Lisa Gerrard
“O que torna Árgia diferente
das outras cidades é que em vez de ar tem terra. As ruas estão completamente
cobertas de terra, as salas cheias de argila até ao tecto, sobre as escadas
assenta outra escada em negativo, por cima dos telhados das casas pairam
camadas de terreno rochoso como céu com nuvens. Se os habitantes poderão andar
pela cidade alargando os cunículos dos vermes e as fendas em que se insinuam as
raízes, não o sabemos: a humidade quebra os corpos e deixa-lhes poucas forças;
convém que fiquem quietos e deitados, de tão escura que é. De Árgia, cá de
cima, não se vê nada; há quem diga: “É lá em baixo” e só nos resta acreditar;
os lugares são desertos. De noite, encostando o ouvido ao chão, às vezes
ouve-se bater uma porta.” (Italo Calvino in “As cidades Invsíveis”)
sexta-feira, 28 de novembro de 2014
quinta-feira, 27 de novembro de 2014
Sketches from the beach VIII
Com esta série de imagens, com
grandes espaços e pequenas silhuetas, tentei com pouco expressar o muito que
representa a praia e o mar – mormente o ambiente mágico dos fins de tarde em
que os planos sucessivos e a profundidade são essenciais.
Também uma homenagem ao grande
autor de banda desenhada: Hugo Pratt, criador de Corto Maltese, com um estilo
dirigido à simplificação, que dizia: “Queria chegar a dizer tudo com uma
linha”. De facto as suas histórias apresentam-se com um grafismo muito próprio,
e de grande beleza, onde se inscrevem traços simples precisos e delicados.
quarta-feira, 26 de novembro de 2014
terça-feira, 25 de novembro de 2014
segunda-feira, 24 de novembro de 2014
domingo, 23 de novembro de 2014
Sketches from the beach VII
Com esta série de imagens, com grandes espaços e pequenas silhuetas, tentei com pouco expressar o muito que representa a praia e o mar – mormente o ambiente mágico dos fins de tarde em que os planos sucessivos e a profundidade são essenciais.
Também uma homenagem ao grande autor de banda desenhada: Hugo Pratt, criador de Corto Maltese, com um estilo dirigido à simplificação, que dizia: “Queria chegar a dizer tudo com uma linha”. De facto as suas histórias apresentam-se com um grafismo muito próprio, e de grande beleza, onde se inscrevem traços simples precisos e delicados.
sábado, 22 de novembro de 2014
Sketches from the beach VI
Com esta série de imagens, com
grandes espaços e pequenas silhuetas, tentei com pouco expressar o muito que
representa a praia e o mar – mormente o ambiente mágico dos fins de tarde em
que os planos sucessivos e a profundidade são essenciais.
Também uma homenagem ao grande
autor de banda desenhada: Hugo Pratt, criador de Corto Maltese, com um estilo
dirigido à simplificação, que dizia: “Queria chegar a dizer tudo com uma
linha”. De facto as suas histórias apresentam-se com um grafismo muito próprio,
e de grande beleza, onde se inscrevem traços simples precisos e delicados.
sexta-feira, 21 de novembro de 2014
Sketches from the beach V
Com esta série de imagens, com grandes espaços e pequenas silhuetas, tentei com pouco expressar o muito que representa a praia e o mar – mormente o ambiente mágico dos fins de tarde em que os planos sucessivos e a profundidade são essenciais.
Também uma homenagem ao grande autor de banda desenhada: Hugo Pratt, criador de Corto Maltese, com um estilo dirigido à simplificação, que dizia: “Queria chegar a dizer tudo com uma linha”. De facto as suas histórias apresentam-se com um grafismo muito próprio, e de grande beleza, onde se inscrevem traços simples precisos e delicados.
quinta-feira, 20 de novembro de 2014
Sketches from the beach IV
Com esta série de imagens, com
grandes espaços e pequenas silhuetas, tentei com pouco expressar o muito que
representa a praia e o mar – mormente o ambiente mágico dos fins de tarde em
que os planos sucessivos e a profundidade são essenciais.
Também uma homenagem ao grande
autor de banda desenhada: Hugo Pratt, criador de Corto Maltese, com um estilo
dirigido à simplificação, que dizia: “Queria chegar a dizer tudo com uma
linha”. De facto as suas histórias apresentam-se com um grafismo muito próprio,
e de grande beleza, onde se inscrevem traços simples precisos e delicados.
quarta-feira, 19 de novembro de 2014
"O Senhor dos Livros"
“Este homem transbordante
parece ter sido destinado a trazer até nós o admirável mundo perdido das
aristocracias operárias. Hermínio de Oliveira herdou, e participou, num tempo
em que tipógrafos, chapeleiros, sapateiros, oleiros, etc. se associaram paras
os mais variados fins, humanitários, mutualistas, sindicais, desportivos, de
instrucção. Acreditam e praticam a solidariedade, admiram as almas generosas,
foram tocados pela tradição anticlerical, têm o culto dos heróis cívicos e
ouvem a voz da Pátria, com a qual não recusam admitir que se emocionam.”… “
Hermínio Martins de Oliveira, nascido em 1926, sabe como ninguém colocar-nos em
contacto com esse mundo…”…” A sua loja, mais do que um local de trabalho, é não
só uma relíquia viva duma época irremediavelmente desaparecida, como uma mesa
hospitaleira e calorosa de convívio.”…”Este autodidacta., que ficou órfão de
pai aos 9 anos, acumulou saberes acerca de quase tudo”… “É uma inesgotável
fonte de conhecimentos, que permanentemente nos surpreende…” …” Mas o seu amor
aos livros faz com que muitas vezes oculte a existência de um livro só porque
ainda o não leu…”…” Foi alfaiate, quis ser jornalista, vendeu antiguidades e
tintas, foi vereador depois de Abril e deputado ao tempo do bloco
central.”…”Recusa-se a ganhar dinheiro nos negócios. Tem amigos, não tem
“conhecidos””... “Tem o prazer e a coragem de viver como gosta.”
terça-feira, 18 de novembro de 2014
D. Guilhermina
Também neste caso não há duas
sem três. De facto trata-se de uma sequência de três retratos que é também uma
homenagem às três vendedoras mais idosas do célebre Mercado das Caldas da
Rainha.
A D. Guilhermina é uma quase
nonagenária que vende os seus produtos hortícolas na tradicional Praça da Fruta
das Caldas da Rainha. Tal como a D. Assunção e como a D. Rosa. Todas residentes
no Concelho onde é realizado o mercado. Pertencem à geração de
vendedores/produtores mais antigos que vendem na Praça (começaram entre os 7 e
18 anos).
A Praça tem uma enorme
importância (e mais-valia) histórica e uma originalidade que advém da sua
cobertura celeste. Mas a Praça não se faz apenas com o empedrado do tabuleiro e
com a pontualidade do céu aberto.
Faz-se também com as Pessoas.
D. Rosa
A D. Rosa é uma quase
nonagenária que vende os seus produtos hortícolas na tradicional Praça da Fruta
das Caldas da Rainha. Tal como a D. Hermínia e como a D. Assunção. Todas
residentes no Concelho onde é realizado o mercado. Pertencem à geração de
vendedores/produtores mais antigos que vendem na Praça (começaram entre os 7 e
18 anos).
A D. Rosa não parou de sorrir
e rir pelo facto de estar a ser retratada. Porque, como disse: - De tristezas
está o mundo cheio. E baixou os olhos num gesto medido pelo pudor íntrinseco.
A Praça tem uma enorme
importância (e mais-valia) histórica e uma originalidade que advém da sua
cobertura celeste. Mas a Praça não se faz apenas com o empedrado do tabuleiro e
com a pontualidade do céu aberto. Faz-se também com as Pessoas.
Bem-haja D. Rosa e continue a
brindar-nos com a sua boa disposição.
D. Assunção
D. Assunção é uma quase
nonagenária que vende os seus produtos hortícolas na tradicional Praça da Fruta
das Caldas da Rainha. Tal como a D. Hermínia e como a D. Rosa. Todas residentes
no Concelho onde é realizado o mercado. Pertencem à geração de
vendedores/produtores mais antigos que vendem na Praça (começaram entre os 7 e
18 anos).
A Praça tem uma enorme
importância (e mais-valia) histórica e uma originalidade que advém da sua
cobertura celeste. Mas a Praça não se faz apenas com o empedrado do tabuleiro e
com a pontualidade do céu aberto. Faz-se também com as Pessoas.
segunda-feira, 17 de novembro de 2014
Sketches from the beach III
Com esta série de imagens, com
grandes espaços e pequenas silhuetas, tentei com pouco expressar o muito que
representa a praia e o mar – mormente o ambiente mágico dos fins de tarde em
que os planos sucessivos e a profundidade são essenciais.
Também uma homenagem ao grande
autor de banda desenhada: Hugo Pratt, criador de Corto Maltese, com um estilo
dirigido à simplificação, que dizia: “Queria chegar a dizer tudo com uma
linha”. De facto as suas histórias apresentam-se com um grafismo muito próprio,
e de grande beleza, onde se inscrevem traços simples precisos e delicados.
sábado, 15 de novembro de 2014
sexta-feira, 14 de novembro de 2014
Sketches from the beach II
Com esta série de imagens, com
grandes espaços e pequenas silhuetas, tentei com pouco expressar o muito que
representa a praia e o mar – mormente o ambiente mágico dos fins de tarde em
que os planos sucessivos e a profundidade são essenciais.
Também uma homenagem ao grande
autor de banda desenhada: Hugo Pratt, criador de Corto Maltese, com um estilo
dirigido à simplificação, que dizia: “Queria chegar a dizer tudo com uma
linha”. De facto as suas histórias apresentam-se com um grafismo muito próprio,
e de grande beleza, onde se inscrevem traços simples precisos e delicados.
quinta-feira, 13 de novembro de 2014
quarta-feira, 12 de novembro de 2014
Sketches from the beach I
Com esta série de imagens, com
grandes espaços e pequenas silhuetas, tentei com pouco expressar o muito que
representa a praia e o mar – mormente o ambiente mágico dos fins de tarde em
que os planos sucessivos e a profundidade são essenciais.
Também uma homenagem ao grande
autor de banda desenhada: Hugo Pratt, criador de Corto Maltese, com um estilo
dirigido à simplificação, que dizia: “Queria chegar a dizer tudo com uma
linha”. De facto as suas histórias apresentam-se com um grafismo muito próprio,
e de grande beleza, onde se inscrevem traços simples precisos e delicados.
terça-feira, 11 de novembro de 2014
Mestre Ferreira da Silva
Ferreira da Silva é uma figura ímpar das artes portuguesas e é considerado,
na actualidade, o maior vulto das Artes nas Caldas da Rainha. É autor de
uma obra multifacetada: na escultura, gravura, desenho e pintura.
Natural (1928) do Porto trabalhou em várias empresas das quais se destacam
a extinta Fábrica Secla, A Molde e o Cencal – todas em C. da Rainha.
Desde 1957 é considerado como fazendo parte das principais figuras no panorama
das artes portuguesas, tendo criado um estilo próprio. As suas peças foram
desde muito cedo elogiadas pela crítica tendo sido galardoado, em 1964, com o
Prémio Nacional de escultura Soares dos Reis. Em 1967 foi bolseiro (F.
Gulbenkian) em Paris onde foi influenciado pela obra cerâmica de Picasso.
Está representado em inúmeras colecções privadas e em museus e as suas obras ocupam espaços públicos não só
nas Caldas da Rainha mas também no restante país e no estrangeiro.
O ferro, o vidro e sobretudo e
cerâmica são os materiais em que de forma mais persistente tem trabalhado, aliando
um profundo conhecimento técnico a uma larga experiência oficinal. Algumas das
suas composições são assemblages, modalidade em permanente inovação para
Ferreira da Silva. Foi galardoado com a medalha de mérito Grau Ouro da Cidade.
Bibliografia consultada: “Ferreira
da Silva: biografia breve e nota bibliográfica" de J. B. Serra (Professor da
Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha) in Cidade Imaginária.
segunda-feira, 10 de novembro de 2014
sábado, 8 de novembro de 2014
sexta-feira, 7 de novembro de 2014
O amigo
Esta foto pretende essencialmente chamar a atenção para o
modo como, muitas vezes, são explorados os melhores amigos do homem. Não o merecem.
quarta-feira, 5 de novembro de 2014
segunda-feira, 3 de novembro de 2014
domingo, 2 de novembro de 2014
Café Central
O Café Central é talvez o mais
antigo e emblemático estabelecimento deste tipo nas Caldas da Rainha. Foi
erigido na carismática Praça da Fruta, durante a década de 1930, praticamente
no local onde existiu, no final do Séc. XVIII, o mais antigo café das Caldas. O
primeiro dono foi Franklin Galinha e proporcionava grandes petiscadas a cargo
do Henrique dos jornais (famosa a sua lagosta suada). Tinha uma tabacaria em
anexo (a Havaneza) e era concessionário de jornais. Em 15 de Maio de 1955
reabre remodelado, agora propriedade da família Freitas. Na cave surgem um bar,
bilhares e outros desportos não de só estratégia mental mas também política –
já que se tornaria num local de reunião da oposição local. De entre as
diferentes intervenções salientamos a do célebre painel dos unicórnios (na
imagem) executado pelo pintor Júlio Pomar. Adoptado então pela esquerda
Caldense, pelos artistas e intelectuais, bem como pelos jovens, depressa se
transformou num centro típico das tertúlias de Café.
Ainda hoje existe após
recuperação em 1996 que conservou o seu ex-libris: o painel dos unicórnios.
sábado, 1 de novembro de 2014
A beira da estrada
À beira das estradas
Portuguesas vão-se instalando novos paradigmas a merecer narrativa fotográfica.
Assim em vez de belas paisagens naturais surgem cada vez mais negócios da berma
do asfalto. Para além das tradicionais vendas de produtos hortícolas aparecem
padarias ambulantes ao lado de novos agregados populacionais construídos com
epicentro em supermercados ou gasolineiras. São polos de uma nova morfogénese
que nega o conceito clássico de cidade. Ao lado do hipermercado surgem: a
pensão “Nelita”, uma loja de móveis associada a venda de olaria e estatuária
anódina onde não faltam as águias e os leões de pedra (do pai da Nelita),
restaurantes atípicos e cafés de alumínio, vivendas bacocas, etc. Estas
neo-urbanizações funcionais alternam com lixo, bidons, plásticos, poeira e
campos onde o verde vai sendo substituído pela cor da ferrugem de sucata
automóvel. É a geração de um real sem origem tradicional que vai contaminando a
nossa paisagem. Esta imagem mais não é do que o reconhecimento da banalidade em
todo o seu esplendor a balizar os caminhos de Portugal.
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