Mestre Herculano Elias (n. a 8
de Julho de 1932) é uma figura maior nas Artes Caldenses. Miniaturista de
excepção faz jus a toda uma herança familiar. É herdeiro de uma longa dinastia
de célebres ceramistas tais como Francisco Elias (que trabalhou e ensinou na
antiga fábrica de Rafael Bordalo Pinheiro) e Eduardo Mafra Elias. Encontrei-o na
rua, com a sua característica expressão de afabilidade, e este retrato é uma
pequena homenagem de quem admira a grande Arte dos Mafras e dos Elias que lhe
corre no sangue e que as suas mãos têm cumprido.
quinta-feira, 30 de julho de 2015
quarta-feira, 29 de julho de 2015
segunda-feira, 27 de julho de 2015
sábado, 25 de julho de 2015
sexta-feira, 24 de julho de 2015
Retrato de rua
No palco da rua a cigana
triste previa sinas alegres enquanto o cartaz no vidro do fundo, em
contraponto, anunciava uma solução fácil para aqueles que afinal não tem solução.
Lembro-me, por momentos, dos
gregos que moram na Grécia e dos gregos que somos nós em Portugal e noutros
países em dificuldades. Todos nós somos ciganos e ciganas a tentar ler a nossa própria
sina – cada vez mais imprevisível.
A solução num mundo aparentemente
sem soluções. Porque há uma aparente epidemia de cegueira para as verdadeiras
soluções.
Ao longe, num plano mais afastado, a cidade indiferente reflecte-se
ma montra.
A máquina dispara perante o olhar da súplica e do desespero.
A máquina dispara perante o olhar da súplica e do desespero.
terça-feira, 21 de julho de 2015
segunda-feira, 20 de julho de 2015
O Caminho do Vento
Ah, look at all
the lonely people
Ah, look at all
the lonely people
Eleanor Rigby
picks up the rice in the church where a wedding has been
Lives in a dream
Waits at the
window, wearing the face that she keeps in a jar by the door
Who is it for?
All the lonely
people
Where do they all
come from?
All the lonely
people
Where do they all
belong?
(Eleanor Rigby - The Beatles)
quinta-feira, 16 de julho de 2015
quarta-feira, 15 de julho de 2015
terça-feira, 14 de julho de 2015
domingo, 12 de julho de 2015
O instante
Uma estação de comboios num
dia de chumbo. As locomotivas parecem extraordinários seres opacos esperando
que algo misterioso aconteça. Desperto para a claridade inesperada de uma
mulher correndo em grande aflição ao lado de uma das carruagens. Ela e eu sem o
tempo a favor. A máquina fotográfica dispara tentando agarrar aquele fragmento de
segundo - irrepetivel. Para onde corre a mulher? Por quem? Para quê? Para dizer
um último adeus a alguém perdido nas sombras do interior da carruagem? Para se
atirar para a frente do comboio? Para apanhar um outro comboio? Que viagem começa?
Para a mulher. Para mim. Para si que me lê.
sexta-feira, 10 de julho de 2015
quinta-feira, 9 de julho de 2015
quarta-feira, 8 de julho de 2015
terça-feira, 7 de julho de 2015
Pela rua
Nas possibilidades infinitas
do fluxo do dia-a-dia nas ruas as imagens vão contando uma viagem do olhar. Onde
se descobre que fotografar pode ser uma maneira de pensar e questionar.
Uma das
coisas que me fascina na Fotografia de rua é a de fixarmos a convergência /
simultaneidade, no espaço de breves fragmentos de segundo, de diferentes
elementos interagindo para sempre dentro do enquadramento.
segunda-feira, 6 de julho de 2015
Revistas e Jornais
Num momento em que 50% (a ONU prevê 70% para 2050) da população mundial vive em cidades – as fotografias de
rua são pequenos detalhes que, no seu somatório, podem documentar uma vertente
importante da humanidade. Mormente para análise futura. Quanto maior for a
capacidade (de cada imagem) de ler nas entrelinhas sociais melhor o contributo
para traçar um retrato de época.
Não resisto ao impulso de
convosco partilhar alguma reflexão acerca desta foto e ou porque a fiz.
1– Há um motivo de recenseamento de um elemento (a "banca" de jornais e revistas) habitual nas paisagens das ruas e há um motivo de estética fotográfica associado a um enquadramento que tira partido da repetição de formas associado a um enquadramento em que a senhora que vende as revistas e os jornais ao assomar a uma pequena janela no meio da aparente confusão de primeiras páginas – parece mais uma capa de revista.
1– Há um motivo de recenseamento de um elemento (a "banca" de jornais e revistas) habitual nas paisagens das ruas e há um motivo de estética fotográfica associado a um enquadramento que tira partido da repetição de formas associado a um enquadramento em que a senhora que vende as revistas e os jornais ao assomar a uma pequena janela no meio da aparente confusão de primeiras páginas – parece mais uma capa de revista.
2 – Há a possibilidade de
fazer uma análise mais profunda (por isso o P&B sem as cores a distrair)
sobre o que é que os Portugueses gostam de ler e ou o que lhes querem
impingirem para lerem.
E isso tem obviamente a ver
com a mentalidade e o modo de ser de grande parte deste povo lusitano.
Repare-se agora nos títulos (seleccionei 90%) ampliando a imagem: Caçado em espionagem, Horóscopo, O IRS vai provocar uma guerra civil, Sobremesas, Aqueça a relação, Razão ou Paixão, As contratações do futebol, Confissões de uma suspeita de assassínio, Receitas de sucesso, Amuletos poderosos, Receitas de Bacalhau, Receitas para emagrecer, Remédios caseiros, Santos do Povo, Manual de Simpatias, Charadas, Zodíaco da Sorte, Ganhe dinheiro, Orações...
Repare-se agora nos títulos (seleccionei 90%) ampliando a imagem: Caçado em espionagem, Horóscopo, O IRS vai provocar uma guerra civil, Sobremesas, Aqueça a relação, Razão ou Paixão, As contratações do futebol, Confissões de uma suspeita de assassínio, Receitas de sucesso, Amuletos poderosos, Receitas de Bacalhau, Receitas para emagrecer, Remédios caseiros, Santos do Povo, Manual de Simpatias, Charadas, Zodíaco da Sorte, Ganhe dinheiro, Orações...
O que acham sobre este
fantástico panorama de leituras? É que a foto também “fala” disto…
sexta-feira, 3 de julho de 2015
quinta-feira, 2 de julho de 2015
O estranho caso da rapariga da bicicleta encarnada
As sombras e os reflexos são
uma prova que não devemos levar “à ponta da espada” as denominadas regras
fotográficas. De facto ao princípio todos ouvimos recomendações sobre a
necessidade de evitar que a nossa própria sombra (ou reflexo) apareça no enquadramento.
No entanto a experiência
ensina-nos que as sombras e os reflexos do próprio fotógrafo podem ser um
elemento valioso na composição. Lee Friedlander foi prolífico nesta matéria
tendo publicado um livro (Self Portraits) tirando partido da interacção da sua
sombra e ou reflexo com os outros elementos das imagens.
Nesta imagem a minha sombra
acaba por ter a vantagem de introduzir uma nota importante de mistério na
imagem. Podemos perguntar-nos qual o relacionamento da sombra com a rapariga.
Sombra boa ou sombra má? Por quem espera a rapariga e qual o papel do dono da
sombra nessa narrativa? Etc.
A fotografia de rua “a cores”
tem progressivamente aumentado pelo mundo - consolidando a noção que é uma
opção tão válida quanto o P&B. Hoje cerca de 50% dos fotógrafos de rua mais
conceituados fazem “Fotografia de Rua” explorando os contrastes cromáticos,
seguindo os passos de grandes Mestres nessa Arte como: Martin Parr, Alex Webb,
Steve McCurry, William Eggleston, Bruce Davidson, Bill Cunninghan, Joel Meyerowitz
e tantos outros.
quarta-feira, 1 de julho de 2015
Smile
Susan Kismaric Curadora do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque escreveu a propósito dos retratos de rua de Bruce Gilden: No mundo de Gilden ninguém fica à margem do centro do palco da rua. Todos são actores e estrelas.
Se ainda não conhece a obra extraordinária de Bruce - um dos mais cotados "Street Photographers" do planeta - ainda vai a tempo.
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