No palco da rua a cigana
triste previa sinas alegres enquanto o cartaz no vidro do fundo, em
contraponto, anunciava uma solução fácil para aqueles que afinal não tem solução.
Lembro-me, por momentos, dos
gregos que moram na Grécia e dos gregos que somos nós em Portugal e noutros
países em dificuldades. Todos nós somos ciganos e ciganas a tentar ler a nossa própria
sina – cada vez mais imprevisível.
A solução num mundo aparentemente
sem soluções. Porque há uma aparente epidemia de cegueira para as verdadeiras
soluções.
Ao longe, num plano mais afastado, a cidade indiferente reflecte-se
ma montra.
A máquina dispara perante o olhar da súplica e do desespero.
A máquina dispara perante o olhar da súplica e do desespero.
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