Wind on the water São estes momentos, irrepetíveis, fugazes pormenores de uma paisagem mais vasta, em movimento, este ondular de tonalidades inimitáveis, que captam a luz e a devolvem, transformada. O nosso olhar é atraído pelo efémero – sempre que água e vento se conjugam - o que foi, já não é, nem será. São breves instantes singulares, que o sopro transforma em leves tremidos de água, de cores únicas. Lá, onde o nosso olhar ficou, o movimento desfaz-se, a imagem já é outra, a luz faz cintilar pequenos brilhos, até ali escondidos. Mas logo a superfície se torna, por segundos, encrespada e agressiva. A seguir, volta a ser lisa, e mansa, com ligeiras ondas, que se enrolam e desfazem, ao capricho do vento. Wind on the water Tento fixar a imagem da fotografia, mas ao chegar aqui, sinto-me incapaz de ver água parada.
Parabéns pela imagem – por todas as fotografias e textos seus que tenho visto e lido - e pela escolha da música. Foi um prazer escutá-la, enquanto escrevia
Doce Melancolia!...!...!, uma foto espectacular tirada silenciosamente num final de tarde ( digo eu ). Um "estado" de "alma" que caracterizou o periodo do Romantismo. Um estado de aparente desinteresse e tristeza, quase sem motivo aparente,..., uma especie de sentimento de perda ( isolamento/separação) de algo que não se sabe explicar muito bem...., em que tudo fica mais escuro mais profundo ( o Humor fica mais "negro"... ). Talvez seja tudo isto que a Lagôa de Obidos esteja a sentir..., o que nos diria se falasse a linguagem dos humanos,...? Será que a iriamos compreender??? Pensando nos ventos quentes de Verão, principalmente no vento Suão ( que sopra do Sul e Sueste ), essa doce carícia que a Natureza nos faz e que desperta em nós agradáveis Ondas de Prazer, diria que estas aguas estarão bem agradaveis, tendo absorvido o calor do Suão, dando sensassões agradáveis de frescura, conforto.... Os tons azuis marinho e os tons acastanhados, assim como o som balanceado que os acompanha, influenciaram de certeza quase todos os meus sentidos. Foi um prazer. Abraço. AC
Para além de dar as melhores Boas vindas à Ana Braga, agradecer o seu óptimo comentário e desejar que volte sempre que entender e agradecer também e registar a imaginação e vibração dos sentidos de AC... diria que já disseram tudo o que havia para dizer sobre esta foto que também gosto muito. Não só pelo enquadramento simples (zen) isolando uma parte de um todo que fica assim mais perceptível em todas as suas qualidades - neste caso é, de facto, importante ter "apanhado" o momento da ondulação discreta provocada pelo vento que desencadeia por sua vez novas cores que vamos descobrir à superfície da água. Bem hajam VT
3 comentários:
Wind on the water
São estes momentos, irrepetíveis, fugazes pormenores de uma paisagem mais vasta, em movimento, este ondular de tonalidades inimitáveis, que captam a luz e a devolvem, transformada.
O nosso olhar é atraído pelo efémero – sempre que água e vento se conjugam - o que foi, já não é, nem será.
São breves instantes singulares, que o sopro transforma em leves tremidos de água, de cores únicas.
Lá, onde o nosso olhar ficou, o movimento desfaz-se, a imagem já é outra, a luz faz cintilar pequenos brilhos, até ali escondidos.
Mas logo a superfície se torna, por segundos, encrespada e agressiva. A seguir, volta a ser lisa, e mansa, com ligeiras ondas, que se enrolam e desfazem, ao capricho do vento.
Wind on the water
Tento fixar a imagem da fotografia, mas ao chegar aqui, sinto-me incapaz de ver água parada.
Parabéns pela imagem – por todas as fotografias e textos seus que tenho visto e lido - e pela escolha da música. Foi um prazer escutá-la, enquanto escrevia
Ana Braga
Doce Melancolia!...!...!,
uma foto espectacular tirada silenciosamente num final de tarde ( digo eu ).
Um "estado" de "alma" que caracterizou o periodo do Romantismo. Um estado de aparente desinteresse e tristeza, quase sem motivo aparente,..., uma especie de sentimento de perda ( isolamento/separação) de algo que não se sabe explicar muito bem...., em que tudo fica mais escuro mais profundo ( o Humor fica mais "negro"... ).
Talvez seja tudo isto que a Lagôa de Obidos esteja a sentir..., o que nos diria se falasse a linguagem dos humanos,...? Será que a iriamos compreender???
Pensando nos ventos quentes de Verão, principalmente no vento Suão ( que sopra do Sul e Sueste ), essa doce carícia que a Natureza nos faz e que desperta em nós agradáveis Ondas de Prazer, diria que estas aguas estarão bem agradaveis, tendo absorvido o calor do Suão, dando sensassões agradáveis de frescura, conforto....
Os tons azuis marinho e os tons acastanhados, assim como o som balanceado que os acompanha, influenciaram de certeza quase todos os meus sentidos. Foi um prazer.
Abraço.
AC
Para além de dar as melhores Boas vindas à Ana Braga, agradecer o seu óptimo comentário e desejar que volte sempre que entender e agradecer também e registar a imaginação e vibração dos sentidos de AC... diria que já disseram tudo o que havia para dizer sobre esta foto que também gosto muito. Não só pelo enquadramento simples (zen) isolando uma parte de um todo que fica assim mais perceptível em todas as suas qualidades - neste caso é, de facto, importante ter "apanhado" o momento da ondulação discreta provocada pelo vento que desencadeia por sua vez novas cores que vamos descobrir à superfície da água.
Bem hajam
VT
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