A beleza pode estar escondida em qualquer recanto, como uma flor-de-lis em pântano lodoso. Dois contentores num aterro são subitamente iluminados pelo sol dourado do lusco-fusco e o olhar é irresistivelmente atraído pela luz, fonte de vida. A luz dourada tudo embeleza em redor e o aterro, que entretanto desfeia a avenida do mar, veste por momentos uma outra pele, valorizada pelo lindo céu azul de nuvens rosadas. Os violoncelos salientam este momento único, oportunamente captado pela objectiva, levando-nos a reflectir que a beleza é na realidade um conceito relativo. Parabéns, Vasco, pelo registo!
...a dualidade na unicidade!!! ...iguais mas diferentes!!!
Um post que pode confrontar-nos com questões existencialista na globalidade (uma visão mais macro) e com a natureza da nossa propria existencia anquanto seres "unicos", iguais e ao mesmo tempo diferentes em nós mesmos.... o lado mais "escuro", mais obscuro/profundo/oculto, normalmente mais reprimido pela sociedade em geral ( poderá conter os nossos medos/desejos/fantasmas,etc, mas que tambem poderá se tornar visivel, dependendo da circunstancia, neste caso da incidencia ou não da "luz", podendo então confirmar-se o velho ditado de "nem tudo que luz é ouro ). A dualidade na unicidade de cada um, os conflitos e as lutas que travamos, muitas vezes em silencios prolongados, fazendo parte de um auto conhecimento/crescimento/desenvolvimento - as duas face de uma moeda -, as pulsões do bem e do mal, etc, etc, etc.
O factor "Luz" e a sua incidencia e ângulo, são portanto decisivos na captação de multiplos significados e significâncias...., se arriscarmos uma visão macro, poderemos extrapolar e então questionarmo-nos sobre o que somos?, o que valemos?, o que queremos?, numa sociedade cada vez mais injusta e desigual onde o "esbanjamento" será cada vez mais o alimento do pobre, - consumismo desenfreado - e a necessidade de o controlarmos, isto se tivermos como preocupação a protecção da Terra (onde os aterros começam a ser insuficientes para tanto lixo "fabricado" .....)
Enfim, a beleza de um encontro no silencio do que somos, Luz e Sombra.... Abraço AC
Muito obrigado Tina pelas lindas e palavras e reflexão muito correcta. Obrigado AC pela ponderação e conclusão adequada (A Luz e a Sombra são determinantes). Thanks Gringo. You´re right when you wrote about how important the way we look. It can changes everything. De facto trata-se de olhar coisas num mundo de coisas - com uma perspectiva de recriação/ transfiguração em relação ao modo como vemos o objecto habitualmente. Os contentores lado a lado, com o céu/nuvens como background (tive de por-me de cócoras) destacam-se e "ganham" uma "dignidade/esstatuto" especial - sublinhada pelos tons mais quentes e reflexo do entardecer. Como um quadro que provoca extâse. E sem extâse de quem observa não há Arte. Bem hajam VT
4 comentários:
A beleza pode estar escondida em qualquer recanto, como uma flor-de-lis em pântano lodoso. Dois contentores num aterro são subitamente iluminados pelo sol dourado do lusco-fusco e o olhar é irresistivelmente atraído pela luz, fonte de vida. A luz dourada tudo embeleza em redor e o aterro, que entretanto desfeia a avenida do mar, veste por momentos uma outra pele, valorizada pelo lindo céu azul de nuvens rosadas.
Os violoncelos salientam este momento único, oportunamente captado pela objectiva, levando-nos a reflectir que a beleza é na realidade um conceito relativo.
Parabéns, Vasco, pelo registo!
...a dualidade na unicidade!!!
...iguais mas diferentes!!!
Um post que pode confrontar-nos com questões existencialista na globalidade (uma visão mais macro) e com a natureza da nossa propria existencia anquanto seres "unicos", iguais e ao mesmo tempo diferentes em nós mesmos....
o lado mais "escuro", mais obscuro/profundo/oculto, normalmente mais reprimido pela sociedade em geral ( poderá conter os nossos medos/desejos/fantasmas,etc, mas que tambem poderá se tornar visivel, dependendo da circunstancia, neste caso da incidencia ou não da "luz", podendo então confirmar-se o velho ditado de "nem tudo que luz é ouro ).
A dualidade na unicidade de cada um, os conflitos e as lutas que travamos, muitas vezes em silencios prolongados, fazendo parte de um auto conhecimento/crescimento/desenvolvimento - as duas face de uma moeda -, as pulsões do bem e do mal, etc, etc, etc.
O factor "Luz" e a sua incidencia e ângulo, são portanto decisivos na captação de multiplos significados e significâncias...., se arriscarmos uma visão macro, poderemos extrapolar e então questionarmo-nos sobre o que somos?, o que valemos?, o que queremos?, numa sociedade cada vez mais injusta e desigual onde o "esbanjamento" será cada vez mais o alimento do pobre, - consumismo desenfreado - e a necessidade de o controlarmos, isto se tivermos como preocupação a protecção da Terra (onde os aterros começam a ser insuficientes para tanto lixo "fabricado" .....)
Enfim, a beleza de um encontro no silencio do que somos, Luz e Sombra....
Abraço
AC
Hi VT - This beautiful shot just shows how you can turn something mundane into a great pix...well done..
Muito obrigado Tina pelas lindas e palavras e reflexão muito correcta.
Obrigado AC pela ponderação e conclusão adequada (A Luz e a Sombra são determinantes).
Thanks Gringo. You´re right when you wrote about how important the way we look. It can changes everything.
De facto trata-se de olhar coisas num mundo de coisas - com uma perspectiva de recriação/ transfiguração em relação ao modo como vemos o objecto habitualmente. Os contentores lado a lado, com o céu/nuvens como background (tive de por-me de cócoras) destacam-se e "ganham" uma "dignidade/esstatuto" especial - sublinhada pelos tons mais quentes e reflexo do entardecer. Como um quadro que provoca extâse. E sem extâse de quem observa não há Arte.
Bem hajam
VT
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