segunda-feira, 14 de março de 2011

Praying - About clouds IX

Hoje não podemos deixar de manifestar a nossa dor e compaixão.
A tragédia no Japão afecta-nos a todos.
A Humanidade, como um todo, sofre em consequência.
Mais um sinal de que se iniciaram grandes mudanças.
Today is a special praying day. The others pain is my pain.
We are one.
.
Sourp-Sourp (Holy-Holy) - L. Zakarian- M.Yegmalian

4 comentários:

Anónimo disse...

...as catastrofes naturais, fazem naturalmente parte da Historia do planeta Terra, contra elas é praticamente impossivel lutar, (...), o que me preocupa cada vez mais são as consequencias (replicas) que estas podem ter a nivel mundial, quando cada vez mais a Humanidade se rege por modelos de consumo desenfreado que cada vez mais "alimentam"/"justificam" a necessidade de construção de centrais nucleares,...., onde o risco de radioactividade exisente em caso de "acidente" é quase incontrolavel - uma Humanidade que julgando-se detentora de "Saberes maximos", deverá perceber que terá de mudar atitudes e valores, caso contrario irá entrar rapidamente num processo de auto-destruição (se é que já não entrou)- as consequencias da tragédia Japonesa poderão ser bem piores que Chernobyl (há 25 anos...).
Os "sinais" são muitos, mas são esquecidos rapidamente...., as mudanças vão acontecendo mas pouco se reflecte sobre elas, no essencial.... - vivemos uma Humanidade egocentrica, narcisica, profundamente doente que quase recusa "tratamento"....., os "clarões" continuarão a acontecer,...

A escolha de Lucine Zakarian, não foi por acaso, a sua voz será eternamente lembrada, e o cântico liturgico independentemente do credo, religião ou culto, uma forma simples e Humana de prestar homenagem,......,profundamente emocionada,.....
Abraço
AC

Tina disse...

A escolha deste hino litúrgico de uma sensibilidade profunda de Magar Yegmalian em solidariedade com as vítimas do violento sismo no Japão foi uma inspiração, mormente porque a situação é extremamente grave e ameaça transformar-se numa dor maior. Num país de sismos frequentes, é inconcebível como arriscam a vida de inocentes construindo centrais nucleares, já não falando na agressão e destruição progressiva do planeta onde vivemos. Mais incompreensível é saber que as falhas sísmicas existem na maior parte do globo e que as centrais nucleares proliferam perante a surda insensatez humana.
É terrível este sentimento de impotência perante um desastre natural desta dimensão, numa escalada para uma catástrofe nuclear perante a explosão de um segundo reator e a previsão de uma terceira.
A foto sugere-me uma ilusão de ótica e é quase impossível não me lembrar das nuvens tóxicas libertadas em situações similares...

Anónimo disse...

There is a silence where hath been no sound,
There is a silence where no sound may be,
In the cold grave under the deep deep sea,
Or in the wide desert where no life is found,
Which hath been mute, and still must sleep profound;
No voice is hush’d no life treads silently,
But clouds and cloudy shadows wander free,
That never spoke, over the idle ground:
But in green ruins, in the desolate walls
Of antique palaces, where Man hath been,
Though the dun fox, or wild hyena, calls,
And owls, that flit continually between,
Shriek to the echo, and the low winds moan,
There the true Silence is, self-conscious and alone.

Thomas Hood

A beautiful tribute to all victims of the Japanese tragedy. Thanks and just pray !

FC

VT disse...

Obrigado AC pela reflexão séria e compaixão - num assunto que a todos diz respeito.
Obrigado Tina pela por estar "solidária com solidariedade" num momento que parece fazer coro com outras catástrofes recentes e anunciar grandes mudanças perante as quais serão impotentes os esforços da "pequenez" humana.
Obrigado FC pela sensibilidade e pelo "Sound of Silence" da poesia (sábiamente escolhida) que nos traz e que ilustra perfeitamante o momento.
Bem hajam
VT