segunda-feira, 14 de junho de 2010

Gronho IV



«Adagio» de Albinoni - Herbet von Karajan

9 comentários:

Maria Gotte disse...

"As usual I finish the day before the sea. Sumptuous this evening beneath the moon, which writes Arab symbols with phosphorescent streaks of the slow swells. There is no end to the sky and the waters. How well they accompany sadness!"
Albert Camus

De notável beleza...

e disse...

heaven on earth, breathtaking

Cleópatra MP disse...

Meus olhos sorriem ao olhar esta fotografia...
Meus ouvidos, esses, acompanham comodamente o andamento lento do belo tema musical escolhido...

Um abraço.

Anónimo disse...

Post Lindissimo, Belo!
Momentos que acontecem realmente e que na maioria das vezes não nos damos conta, ou porque não estamos "atentos" ou porque estamos demasiado apressados....

Toca profundamente; a musica que o acompanha é de uma qualidade extraordinária, transcendente mesmo...., aqui senti diferentes emoções ("medo", "mistério", "descoberta"...) ás quais relacionei uma possivel leitura da imagem (no sentido da esquerda para a direita, do escuro em direcção á "Luz" - "Sol"). Esta "caminhada", a "Vida", poderá ser então um processo/um movimento, no sentido dessa descberta da "verdade", do que é "Profundo",.........
Sem conotação religiosa, se possivel, e porque a musica me influencia fortemente, a Paixão e o Amor Divinos, poderão estar aqui fotografados. (A Arte é Isto, tambem.).
(Tudo é muito discutivel e ainda bem que assim é..., mas de um estado contemplativo podemos partir para reflexões muito interessantes, !!! ).
............................
Gosto particularmente dos tons "rosa" "alaranjados" e dos pormenores de iluminação natural sobre 2 pequenas partes das nuvens..............
Parabens HEAVENLY!
Abraço
AC

Anónimo disse...

Excelente fotografia, entre as nuvens e o mar.
Não se vê pairar na foto- adivinha-se- mas no magnífico vídeo, o albatroz, mensageiro da tempestade- Burieviestnik.

"Sobre a superfície cinzenta do mar,
O vento reúne
Pesadas nuvens.
Semelhante a um raio negro,
Entre as nuvens e o mar,
Paira orgulhoso o albatroz,
Mensageiro da tempestade.
E ora são as asas tocando as ondas,
Ora é uma flecha rasgando as nuvens,
Ele grita.
E as nuvens escutam a alegria
No ousado grito do pássaro.
Nesse grito - sede de tempestade!
Nesse grito - as nuvens escutam a fúria,
A chama da paixão,
A confiança na Vitória.
As gaivotas gemem diante da tempestade,
Gemem e lançam-se ao mar,
Para lá no fundo esconderem
O pavor da tempestade.
E os mergulhões também gemem.
A eles, mergulhões,
É inacessível a delícia da luta pela vida:
O barulho do trovão os amedronta...
O tolo pingüim, timidamente
Esconde seu corpo obeso entre as rochas...
Apenas o orgulhoso albatroz voa,
Ousado e livre sobre a espuma cinzenta do mar.
Tonitroa o trovão.
As ondas gemem na espuma da fúria.
E discutem com o vento.
Eis que o vento
Abraça uma porção de ondas
Com força e lança-as
Com maldade selvagem nas rochas,
Espalhando-as como a poeira,
Respingando uma noite de esmeraldas.
O albatroz paira a gritar
Como um raio negro,
Rompendo as nuvens como uma flecha,
Levantando espuma com suas asas.
Ei-lo voando rápido como um demônio;
Orgulhoso e negro demônio da tempestade;
Ri das nuvens, soluça de alegria!
Ele - sensível demônio -
Há muito vem escutando
Cansaço na fúria do trovão.
Tem certeza de que as nuvens não escondem,
Não, não escondem...
Uiva o vento... Ribomba o trovão...
Sobre o abismo do mar,
Um monte de nuvens pesadas
Brilham como centelhas.
O mar pega as flechas de relâmpagos
E as apaga em sua voragem.
Parecem cobras de fogo.
Os reflexos desses raios,
Rastejando sobre o mar e desaparecendo.
Tempestade!
Breve rebentará a tempestade!
Esse corajoso albatroz
Paira altivo entre os raios
E sobre o mar furiosamente urrando
Então grita o profeta da Vitória:
QUE MAIS FORTE ARREBENTE A TEMPESTADE!"
Máximo Gorki,1901

Felicito-o por(mais)este belíssimo post.
MV

Anónimo disse...

Nuvens

Encantei-me com as nuvens, como se fossem calmas
locuções de um pensamento aberto. No vazio de tudo
eram frontes do universo, deslumbrantes.
Em silêncio via-as deslizar num gozo obscuro
e luminoso, tão suave na visão que se dilata.

Que clamor, que clamores mas em silêncio
na brancura unânime! Um sopro do desejo
que repousa no seio do movimento, que modela
as formas amorosas, os cavalos, os barcos
com as cabeças e as proas na luz que é toda sonho.

Unificado, olho as nuvens no seu suave dinamismo.
Sou mais que um corpo, sou um corpo que se eleva
ao espaço inteiro, à luz ilimitada.
No gozo de ver num sono transparente
navego em centro aberto, o olhar e o sonho.

António Ramos Rosa in Antologia Poética

Magnífica Foto de um Céu habitado por Nuvens “em Chamas”…
Parabéns pela persistência do Belo em Heavenly…

FC

Laurinda disse...

Há já dois anos que não tenho condiçao fisica para ir ver o mar. Mar... Meu alimento, meu oxigénio azul!
As suas imagens ajudam a mitigar a minha sede... Olho-as e imagino-me lá!
E é menor a solidão... Obrigada!
Laurinda

Anónimo disse...

Lindissimo e a música que acompanha a bela imagem verdadeiramente fabulosa..


CG

VT disse...

Very nice words and feelings... from very nice persons : São CX, ER, Cleópatra MP, AC, MV, FC, CG e Laurinda - que me "tocou" em especial.
Vale a pena continuar atento.
Julgo que tenho muita sorte em passar perto de momentos muito belos e poder registá-los.
Bem hajam
VT