Já há mjuito não percorro os bloges por razões expressas no meu blogue. E hoje venho me despedir de si e deste seu espaço encantador. Dentro do género, sempre foi um dos meus preferidos, acredite e foi um privilégio têlo visitado. Continuação de bom trabalho que tanto prazer proporciona aos visitantes. Abraço e até sempre!
Este tema tem um papel importante no musical de que faz parte, Uma Pequena Música Nocturna, inpirado nos Sonhos de Uma Noite de Verão de Bergman. O tema é o eterno drama das afinidades afectivas não coincidentes com as relações efectivas...
Os clowns representam aqui as piadas que se usam quando algo não corre bem num espectáculo teatral. Não sou um particular apreciador do tema mas Collins tem uma voz irresistível e evita bem a excessiva dramatização, um erro comum noutras interpretações.
Também curiosa a fotografia, que parece à primeira vista ser a P&B com umas manchas de tinta por cima... Excelente.
Musica Lindissima!!! Post que nos poderá levar a reflexões interessantes sobre o "caminho"/"evolução que levam as sociedades actuais, ditas desenvolvidas........Qual o papel dos Palhaços? ? ?................ Eles cumpriam funções Ludicas e não só, eles faziam parte das fantasias e do imaginário das crianças, dos seus sonhos....., eram desejados, nas principais alturas festivas e sempre recebidos com muito entusiasmo pois traziam sempre um "mundo" de brincadeira e divertimentos.... Onde estão os Palhaços? Foram substituidos??? Quem?, Como?, Onde?.......
Um "vazio" interessante, que vai desde os "narizes vermelhos" á ponta dos "sapatos bicudos", com muitas palhaçadas á mistura....... O que vai mal, para tudo ter mudado tão rapidamente (digo eu)? Gosto particularmente da pequena nuvem branca (+/- central) com uma pequena abertura de céu azul, que de repente parece tomar a forma de um qualquer Palhaço que sobrevoa um espaço que poderia ser o seu.........
Parabens pela função critica (cultural e social) que sinto existir nesta fotografia.... Continuamos paulatinamente a "somar perdas".......!!!.... Abraço AC
Mas, Isabel, eu não quis defender nenhuma teoria, apenas recordar que, no filme de Bergman, e na peça a que deu origem, o protagonista está envolvido numa relação sem afecto de que não se consegue libertar. E isto desespera Desirée que canta, apaixonada e frustrada, esta canção.
Já agora reafirmo a AC que os Clowns são aqui uma figura de estilo, um intermezzo cómico para quando as coisas correm mal. Um recurso do mundo do espectáculo mas também da vida real... Mas concordo com a sua reflexão, os palhaços foram (mal) substituídos pela Playstation, o Messenger e o Farmville.
Sim, JJ, plenamente de acordo..., Heavenly tem essa caracteristica muito particular de ver, de ouvir e de mostrar o que sente, para além do que é explicito, utilizando muito bem (a meu ver), as figuras de estilo...., ver e mostrar o que poderá estar "por de trás..."......
Os Clowns, tinham entre outras funções, a função "estruturante", "re-organizadora" que tanto precisamos para mantermos ou desenvolvermos um estado de "equilibrio" pessoal e/ou colectivo...., acontecendo essa mesma função num espaço/contexto, que lhe era adequado (o Circo).... De facto sinto cada vez mais que de uma maneira geral, se misturam, se confundem espaços, contextos e sentimentos......; o mundo/a vida, passa a ser regida por espaços virtuais, com caracteristicas muito impessoais, muito proprias de registos complicados.....
Se calhar estamos "todos" a entrar em papeis de "palhaços Tontos", "adormecidos", quase sem identidade, sendo o mais grave, que se calhar nem temos consciência disso....(temo as consequencias dessas substituiçõe e de outras..., nas gerações jovens). Complicado... Obrigada AC
Em primeiro lugar gostaria de agradecer à Eva Gonçalves as palavras simpáticas que dirigiu ao blogue Heavenly e a companhia que nos tem feito e que, certamente, manterá. Estou também certo que retomará, bevemente, o seu blogue. Agradeço ainda a AC e a JJ os comentários dirigidos a este post e a este blogue. Para além do contributo, sempre bem vindo, dos ensinamentos musicais de JJ, desta feita contámos também com as reflexões de AC e de JJ - sobre a fotografia (é certo que foi importante o contraste do céu cinzento com as cores do circo). De facto a intenção da foto era mesmo despertar a reflexão - já que as imagens fotográficas podem fazer-nos descobrir sofismas, incongruências, simulacros/simulações no tecido social ou tão sómente constatar o que nos rodeia e deste modo repararmos/pensarmos melhor sobre os actuais fenómenos sociais - descobrindo-os afinal. Neste caso a "banda sonora" que se juntou permitia reflectir em 2 sentidos. 1 - Sobre a evolução dos circos e porquê. Ou seja: será (ou não) que os palhaços, os trapezistas e os leões desapareceram (?) nos circos - substituídos por tubarões e focas - porque o público desenvolveu novos gostos (aquáticos?) ou porque vão desaparecendo os domadores, palhaços, modificando-se a oferta? Teria sido interessante ouvir o meu amigo Submarino Amarelo neste caso já que é mais conhecedor dos fenómenos marinhos. Aliás tem detectado, e bem, uma aumento de "focas" e "tubarões" de outra espécie no nosso meio com protagonismo em lugares de destaque sendo questionável muitas vezes a competência e perfil para tal. 2 - Sobre os palhaços como elementos de distracção que se "mandam entrar" para o público não se aperceber da tragédia do trapezista que caiu - tal como assinalou JJ. Lembramo-nos todos que antes do 25 de Abril eram apontados como "opiáceos" para "anestesiar" o Povo: o Fado, a Tourada e o Futebol - tudo mergulhado no ambiente de um catolicismo algo excessivo coordenado pelo Cardeal Cerejeira. Hoje, julgo que: quer a Festa Brava quer o Fado não têm o impacto de outrora enquanto o Futebol talvez tenha aumentado a sua influência - sendo um produto consumido de diversos modos. Não sei se as Playstation e o Facebook/Farmville terão força "anestésica" quanto baste. Hoje o Povo e os grupos profissionais reagem facilmente aos factos políticos. Ou neste contexto, como diz AC, os palhaços somos todos nós? Bem hajam VT
Peço desculpa ao Vasco Trancoso por me ter dirigido directamente ao JJ, pelo seu comentário, sem fazer referência ao autor do post, editor do blogue. É indelicado da minha parte, reconheço.
Quero dizer que considero as fotografias de VT de uma qualidade invulgar, reveladoras de uma sensibilidade fotógrafica única, a sua, com estilo próprio.
O enquadramento é perfeiro, o ponto (ou o conjunto) para o qual a imagem que capta convida o nosso olhar fazem-nos ver melhor. Agradeço-lho.
Isto que digo serve desde o primeiro post deste blogue até ao deste próprio dia e aos do futuro porque a tendência será, naturalmente, para melhorar.
De música pouco percebo. Mas cá está JJ ou Submarino Amarelo.
Como sei um pouco de História, emendo-o quanto à inclusão das touradas no conjunto que costumávamos referenciar ao regime anterior ao 25 de Abril de 1974.
Eram três "F": Fátima, Fado e Futebol. A mim parece-me que nunca nenhum deles esteve tão pujante como agora.
As touradas, sim, parecem-se em decadência.
A vida é muito curta, muito boa, para perder tempo com quezílias inúteis.
A minha sincera admiração pela dedicação com que manténs este blogue, Vasco.
Agradeço as palavras simpáticas e generosas da Isabel X que representam um estímulo acrescido. Não há razão para preocupações pois a nossa postura neste blogue é proporcionar o mais amplo diálogo que os posts podem suscitar. Aliás quanto mais comentários melhor. Os "pequenos foruns" que se poderão criar em cada post serão sempre um contributo afinal para o crescimento do blogue. Bem haja VT
10 comentários:
Já há mjuito não percorro os bloges por razões expressas no meu blogue. E hoje venho me despedir de si e deste seu espaço encantador. Dentro do género, sempre foi um dos meus preferidos, acredite e foi um privilégio têlo visitado. Continuação de bom trabalho que tanto prazer proporciona aos visitantes. Abraço e até sempre!
Este tema tem um papel importante no musical de que faz parte, Uma Pequena Música Nocturna, inpirado nos Sonhos de Uma Noite de Verão de Bergman. O tema é o eterno drama das afinidades afectivas não coincidentes com as relações efectivas...
Os clowns representam aqui as piadas que se usam quando algo não corre bem num espectáculo teatral.
Não sou um particular apreciador do tema mas Collins tem uma voz irresistível e evita bem a excessiva dramatização, um erro comum noutras interpretações.
Também curiosa a fotografia, que parece à primeira vista ser a P&B com umas manchas de tinta por cima... Excelente.
JJ
Musica Lindissima!!!
Post que nos poderá levar a reflexões interessantes sobre o "caminho"/"evolução que levam as sociedades actuais, ditas desenvolvidas........Qual o papel dos Palhaços? ? ?................
Eles cumpriam funções Ludicas e não só, eles faziam parte das fantasias e do imaginário das crianças, dos seus sonhos....., eram desejados, nas principais alturas festivas e sempre recebidos com muito entusiasmo pois traziam sempre um "mundo" de brincadeira e divertimentos....
Onde estão os Palhaços?
Foram substituidos???
Quem?, Como?, Onde?.......
Um "vazio" interessante, que vai desde os "narizes vermelhos" á ponta dos "sapatos bicudos", com muitas palhaçadas á mistura.......
O que vai mal, para tudo ter mudado tão rapidamente (digo eu)?
Gosto particularmente da pequena nuvem branca (+/- central) com uma pequena abertura de céu azul, que de repente parece tomar a forma de um qualquer Palhaço que sobrevoa um espaço que poderia ser o seu.........
Parabens pela função critica (cultural e social) que sinto existir nesta fotografia....
Continuamos paulatinamente a "somar perdas".......!!!....
Abraço
AC
Mas, JJ, segundo Goethe, o que há são "afinidades electivas". São elas que presidem às escolhas que vamos fazendo ao longo da vida.
Vamos vivendo, vamo-nos modificando, (os outros também) e daí as "descoincidências", julgo, mas não tenho a certeza.
- Isabel X -
Mas, Isabel, eu não quis defender nenhuma teoria, apenas recordar que, no filme de Bergman, e na peça a que deu origem, o protagonista está envolvido numa relação sem afecto de que não se consegue libertar. E isto desespera Desirée que canta, apaixonada e frustrada, esta canção.
Já agora reafirmo a AC que os Clowns são aqui uma figura de estilo, um intermezzo cómico para quando as coisas correm mal. Um recurso do mundo do espectáculo mas também da vida real... Mas concordo com a sua reflexão, os palhaços foram (mal) substituídos pela Playstation, o Messenger e o Farmville.
Abraço
JJ
Sim, JJ, plenamente de acordo..., Heavenly tem essa caracteristica muito particular de ver, de ouvir e de mostrar o que sente, para além do que é explicito, utilizando muito bem (a meu ver), as figuras de estilo...., ver e mostrar o que poderá estar "por de trás..."......
Os Clowns, tinham entre outras funções, a função "estruturante", "re-organizadora" que tanto precisamos para mantermos ou desenvolvermos um estado de "equilibrio" pessoal e/ou colectivo...., acontecendo essa mesma função num espaço/contexto, que lhe era adequado (o Circo)....
De facto sinto cada vez mais que de uma maneira geral, se misturam, se confundem espaços, contextos e sentimentos......; o mundo/a vida, passa a ser regida por espaços virtuais, com caracteristicas muito impessoais, muito proprias de registos complicados.....
Se calhar estamos "todos" a entrar em papeis de "palhaços Tontos", "adormecidos", quase sem identidade, sendo o mais grave, que se calhar nem temos consciência disso....(temo as consequencias dessas substituiçõe e de outras..., nas gerações jovens).
Complicado...
Obrigada
AC
Claro, JJ, eu também digo que não tenho a certeza.
Muito interesante, este tema.
- Isabel X -
Em primeiro lugar gostaria de agradecer à Eva Gonçalves as palavras simpáticas que dirigiu ao blogue Heavenly e a companhia que nos tem feito e que, certamente, manterá. Estou também certo que retomará, bevemente, o seu blogue.
Agradeço ainda a AC e a JJ os comentários dirigidos a este post e a este blogue. Para além do contributo, sempre bem vindo, dos ensinamentos musicais de JJ, desta feita contámos também com as reflexões de AC e de JJ - sobre a fotografia (é certo que foi importante o contraste do céu cinzento com as cores do circo). De facto a intenção da foto era mesmo despertar a reflexão - já que as imagens fotográficas podem fazer-nos descobrir sofismas, incongruências, simulacros/simulações no tecido social ou tão sómente constatar o que nos rodeia e deste modo repararmos/pensarmos melhor sobre os actuais fenómenos sociais - descobrindo-os afinal.
Neste caso a "banda sonora" que se juntou permitia reflectir em 2 sentidos.
1 - Sobre a evolução dos circos e porquê. Ou seja: será (ou não) que os palhaços, os trapezistas e os leões desapareceram (?) nos circos - substituídos por tubarões e focas - porque o público desenvolveu novos gostos (aquáticos?) ou porque vão desaparecendo os domadores, palhaços, modificando-se a oferta? Teria sido interessante ouvir o meu amigo Submarino Amarelo neste caso já que é mais conhecedor dos fenómenos marinhos. Aliás tem detectado, e bem, uma aumento de "focas" e "tubarões" de outra espécie no nosso meio com protagonismo em lugares de destaque sendo questionável muitas vezes a competência e perfil para tal.
2 - Sobre os palhaços como elementos de distracção que se "mandam entrar" para o público não se aperceber da tragédia do trapezista que caiu - tal como assinalou JJ. Lembramo-nos todos que antes do 25 de Abril eram apontados como "opiáceos" para "anestesiar" o Povo: o Fado, a Tourada e o Futebol - tudo mergulhado no ambiente de um catolicismo algo excessivo coordenado pelo Cardeal Cerejeira. Hoje, julgo que: quer a Festa Brava quer o Fado não têm o impacto de outrora enquanto o Futebol talvez tenha aumentado a sua influência - sendo um produto consumido de diversos modos. Não sei se as Playstation e o Facebook/Farmville terão força "anestésica" quanto baste. Hoje o Povo e os grupos profissionais reagem facilmente aos factos políticos. Ou neste contexto, como diz AC, os palhaços somos todos nós?
Bem hajam
VT
Peço desculpa ao Vasco Trancoso por me ter dirigido directamente ao JJ, pelo seu comentário, sem fazer referência ao autor do post, editor do blogue. É indelicado da minha parte, reconheço.
Quero dizer que considero as fotografias de VT de uma qualidade invulgar, reveladoras de uma sensibilidade fotógrafica única, a sua, com estilo próprio.
O enquadramento é perfeiro, o ponto (ou o conjunto) para o qual a imagem que capta convida o nosso olhar fazem-nos ver melhor. Agradeço-lho.
Isto que digo serve desde o primeiro post deste blogue até ao deste próprio dia e aos do futuro porque a tendência será, naturalmente, para melhorar.
De música pouco percebo. Mas cá está JJ ou Submarino Amarelo.
Como sei um pouco de História, emendo-o quanto à inclusão das touradas no conjunto que costumávamos referenciar ao regime anterior ao 25 de Abril de 1974.
Eram três "F": Fátima, Fado e Futebol. A mim parece-me que nunca nenhum deles esteve tão pujante como agora.
As touradas, sim, parecem-se em decadência.
A vida é muito curta, muito boa, para perder tempo com quezílias inúteis.
A minha sincera admiração pela dedicação com que manténs este blogue, Vasco.
Abraço amigo,
- Isabel X -
Agradeço as palavras simpáticas e generosas da Isabel X que representam um estímulo acrescido. Não há razão para preocupações pois a nossa postura neste blogue é proporcionar o mais amplo diálogo que os posts podem suscitar. Aliás quanto mais comentários melhor. Os "pequenos foruns" que se poderão criar em cada post serão sempre um contributo afinal para o crescimento do blogue.
Bem haja
VT
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