segunda-feira, 15 de novembro de 2010

About clouds VII


Love Is All Around - Wet Wet Wet 

7 comentários:

Anónimo disse...

Cenário deslumbrante, com um Céu fantástico, as Nuvens envolvendo o Sol num Belíssimo tom dourado! Mais palavras ???
Deixo-as para Eugénio de Andrade:

Tudo era claro:
céu, lábios, areias.
O mar estava perto,
Fremente de espumas.
Corpos ou ondas:
iam, vinham, iam,
dóceis, leves, só
alma e brancura.

Felizes, cantam;
serenos, dormem;
despertos, amam,
exaltam o silêncio.
Tudo era claro,
jovem, alado.
O mar estava perto,
puríssimo, dourado.

Stunning my Friend ! Kisses

FC

Submarino Amarelo disse...

Muito expressiva a fotografia, não só pelo colorido mas também pela sensação de movimento ascendente que transmite.

Love Is All Around é um tema dos Troggs de 1967, particularmente famoso pelo facto de ser uma belíssima balada, das poucas compostas pelo seu lider, Reg Presley (mais conhecido pelos seus singles de Rock puro e duro).

A canção foi recuperada pelos R.E.M. na década de 90, precisamente quando colaboraram num álbum "revival" dos Troggs, por quem o grupo tinha grande admiração. A versão dos R.E.M. foi lado B do single Radio Song.

Esta versão aqui apresentada é dos Wet Wet Wet, uma simples cópia do original que, como disse Michael Stipe, teve pelo menos a virtude de injectar na depauperada conta bancária do autor uma quantia acima do milhão de libras, ao ser incluída na banda sonora de "Four Weddings and a Funeral", em 1994.

Espero que desperte a curiosidade para a audição do original, disponível no Youtube.

Anónimo disse...

Para tão bela paisagem, só o poema de Natalária Correia:

Nuvens correndo num rio
Quem sabe onde vão parar?
Fastasma do meu navio
Não corras, vai devagar!

Vais por caminhos de bruma
Que são caminhos de olvido.
Não queiras, ó meu navio,
Ser um navio perdido...

Sonhos içados ao vento
Querem estrelas varejar!
Velas do meu pensamento
Aonde me quereis levar?
Não corras, ó meu navio
Navega mais devagar,
Que nuvens correndo em rio,
Quem sabe onde vão parar?

Que este destino em que venho
É uma troça tão triste;
Um navio que não tenho
Num navio que não existe.

LB

Tina disse...

Até o mar se deixou adormecer à sombra dourada deste esplendoroso castelo de nuvens, talvez sonhando com as gotas de ouro que poderão vir embelezar a sua imensidão.
Se ao dormirmos, como lembrou cientificamente o nosso amigo Artur no FB, os sonhos são a preto e branco, então somos felizes por termos imagens tão coloridas e feiticeiras que nos impelem a melhor admirarmos e interiorizarmos a beleza que este mundo nos oferece. É só estarmos atentos, como o Vasco, e embriagar-mo-nos com estes momentos mágicos, como nos versos de Sophia:

Dia do mar no ar

Dia do mar no ar, construído
Com sombras de cavalos e de plumas

Dia do mar no meu quarto-cubo
Onde os meus gestos sonâmbulos deslizam
Entre o animal e a flor como medusas.

Dia do mar no ar, dia alto
Onde os meus gestos são gaivotas que se perdem
Rolando sobre as ondas, sobre as nuvens.

Anónimo disse...

....Pois!, Céu e Mar, Profundos!

Entre "eles", as Nuvens que sempre me deliciam, entre "Elas" e o Mar, voo, livre e depois regresso...E depois de caminhar retiro as "areias" do meu sapato, que apesar de "pedrinhas" pequeninas, me incomodam....e livre continuo a olhar o movimento das nuvens com seus "desenhos" inigmaticos, mas sempre de uma beleza suprema e assim, sinto que na "aparente" solidão, a Natureza é a nossa companhia mais constante, sempre em oferta, sem nada exigir em troca..., uma constância sempre renovada (paradoxalmente, ou não), daí o seu Poder, a Pureza que só quem ama a Natureza poderá sentir...Sublime Encantamento, em constante Poesia!
Abraço
AC

VT disse...

Obrigado FC por relacionar a foto com as palavras deslumbrantes de Eugénio de Andrade, bem como pela apreciação que faz à imagem.
Obrigado ao Sub. Amarelo pela apreciação positiva que faz da foto e pela achega que traz sobre o tema musical. É curioso que quando procurei este tema no Youtube - procurei em 1º lugar a interpretação dos REM, mas só encontrei registos ao vivo com mau som e com ruídos, exteriores à canção, que não convinham em termos do blogue, prejudicando a relação da imagem com a música. A versão dos Trogs (que ouvi enquanto olhava a foto) também "não era o casamento perfeito", em meu entender, com a imagem. Provavelmente falhou a minha pesquisa para encontrar uma boa versão, em termos de som/gravação, dos REM.
Obrigado LB por nos trazer um poema muito bom da Natália Correia e pela apreciação muito simpática sobre a fotografia.
Obrigado Tina por nos trazer os versos mágicos de Sophia de M. B. para acompanhar as nuvens que registei em momemto afortunado. Fico desvanecido com as palavras generosas de estímulo que me são dirigidas.
Obrigado AC pela reflexão e criatividade que nos traz. Concordo totalmente com a observação sobre a incondicional presença da Natureza - que tem o poder de nos fazer bem ao espírito e ao corpo. Infelizmente o Homem tem retribuído destruindo-a como quem destroi o maior tesouro de que dispõe.
Bem hajam
VT

Unknown disse...

great light and colours!