Se deste Outono uma folha, apenas uma, se desprendesse da sua cabeleira ruiva, sonolenta, e sobre ela a mão com o azul do ar escrevesse um nome, somente um nome, seria o mais aéreo de quantos tem a terra, a terra quente e tão avara de alegria.
Eugénio de Andrade
Belo “dégradé” de folhas de Outono, captado de forma exímia, como sempre … a similaridade com os degraus da escada da Vida, a fase da maturação, sabedoria, inteligência cimentada, mestria na concretização de todos os Sonhos, enfim…um Outono bem definido, musicalmente acompanhado em “Dó Maior”! Parabéns!
Sempre adorei folhas caídas no Outono. Lembro-me de, menina e moça de 18 anos, entrar no Hyde Park e saltar feito criança nos montes que o jardineiro amontava placidamente, sem que ele se zangasse comigo. Não consigo passar por folhas caídas sem apanhar uma para admirar ao pé a sua textura e sem as pisar para ouvir o estalar tão reconfortante. O Outono é, para mim, a estação da plenitude. Como a bela voz de Bobby Goldsboro entoa, "I'm content in the autumn of my life". É no Outono da vida que temos a maturidade suficiente para dar atenção às coisas simples da vida, as que são verdadeiramente belas. Triste de mim se não conseguisse olhar para esta belíssima foto e não sentir que uma parte de mim está viva neste quadro natural de folhas caídas do Outono. Obrigada, Vasco, por esta partilha tão especial!
...,com uma mão afasto a cortina e com tempo olho tranquilamente..., com a outra abro caminho e em bicos subo pelos espaços, com cuidado evitando pisar.....Ainda faz frio, o céu tem rasgos de luz, aproximo mais e mais e envolvo parte do seu corpo meio despido, num abraço tambem meio despido..., sou arrepio e sinto-o, corpo forte firme e gélido, já com manchas...., que no segredo do instante, partilha alguns saberes...........Depois, regresso ao conforto de um calorzinho e no prazer de um aconchego com tempo volto a olhar as folhas em forma de estrêlas, caídas de um céu ali bem perto e sinto que com outro tempo vou ter de as "arrumar".
Gosto particularmente de Plátanos, são para mim arvores espantosas por todo o esplendor que conseguem manifestar sempre ao longo de todo o ano, talvez arvores que vivem intensamente cada estação, sempre em preparação/renovação..., talvez um ensinamento da natureza, como tantos outros, que deixamos passar.....Um post bem adequado ao momento, Delicioso encanto! Abraço AC
Obrigado FC pelas palavras fascinantes de Eugénio de Andrade que nos traz e pela análise muito interessante e muito simpática. Obrigado Tina por partilhares connosco essas emoções e a maneira como relatas o que "sentes". Obrigado AC pela simpatia e criatividade com partilha do seu modo de "sonhar" as imagens. Obrigado Teca pela presença sempre agradável e muito estimulante. Bem hajam VT
5 comentários:
Se deste Outono uma folha,
apenas uma, se desprendesse
da sua cabeleira ruiva,
sonolenta,
e sobre ela a mão
com o azul do ar escrevesse
um nome, somente um nome,
seria o mais aéreo
de quantos tem a terra,
a terra quente e tão avara
de alegria.
Eugénio de Andrade
Belo “dégradé” de folhas de Outono, captado de forma exímia, como sempre … a similaridade com os degraus da escada da Vida, a fase da maturação, sabedoria, inteligência cimentada, mestria na concretização de todos os Sonhos, enfim…um Outono bem definido, musicalmente acompanhado em “Dó Maior”! Parabéns!
FC
Sempre adorei folhas caídas no Outono. Lembro-me de, menina e moça de 18 anos, entrar no Hyde Park e saltar feito criança nos montes que o jardineiro amontava placidamente, sem que ele se zangasse comigo. Não consigo passar por folhas caídas sem apanhar uma para admirar ao pé a sua textura e sem as pisar para ouvir o estalar tão reconfortante. O Outono é, para mim, a estação da plenitude. Como a bela voz de Bobby Goldsboro entoa, "I'm content in the autumn of my life". É no Outono da vida que temos a maturidade suficiente para dar atenção às coisas simples da vida, as que são verdadeiramente belas. Triste de mim se não conseguisse olhar para esta belíssima foto e não sentir que uma parte de mim está viva neste quadro natural de folhas caídas do Outono.
Obrigada, Vasco, por esta partilha tão especial!
...,com uma mão afasto a cortina e com tempo olho tranquilamente..., com a outra abro caminho e em bicos subo pelos espaços, com cuidado evitando pisar.....Ainda faz frio, o céu tem rasgos de luz, aproximo mais e mais e envolvo parte do seu corpo meio despido, num abraço tambem meio despido..., sou arrepio e sinto-o, corpo forte firme e gélido, já com manchas...., que no segredo do instante, partilha alguns saberes...........Depois, regresso ao conforto de um calorzinho e no prazer de um aconchego com tempo volto a olhar as folhas em forma de estrêlas, caídas de um céu ali bem perto e sinto que com outro tempo vou ter de as "arrumar".
Gosto particularmente de Plátanos, são para mim arvores espantosas por todo o esplendor que conseguem manifestar sempre ao longo de todo o ano, talvez arvores que vivem intensamente cada estação, sempre em preparação/renovação..., talvez um ensinamento da natureza, como tantos outros, que deixamos passar.....Um post bem adequado ao momento, Delicioso encanto!
Abraço
AC
Ah... são degraus encantadores... a música complementa.
Obrigada.
Beijos doces.
Obrigado FC pelas palavras fascinantes de Eugénio de Andrade que nos traz e pela análise muito interessante e muito simpática.
Obrigado Tina por partilhares connosco essas emoções e a maneira como relatas o que "sentes".
Obrigado AC pela simpatia e criatividade com partilha do seu modo de "sonhar" as imagens.
Obrigado Teca pela presença sempre agradável e muito estimulante.
Bem hajam
VT
Enviar um comentário