segunda-feira, 30 de novembro de 2009

sábado, 28 de novembro de 2009

Un matin de tendresse


Maintenant Je sais –Jean Gabin

Quand j'étais gosse, haut comme trois pommes, J'parlais bien fort pour être un homme J'disais, JE SAIS, JE SAIS, JE SAIS, JE SAIS C'était l'début, c'était l'printemps Mais quand j'ai eu mes 18 ans J'ai dit, JE SAIS, ça y est, cette fois JE SAIS Et aujourd'hui, les jours où je m'retourne J'regarde la terre où j'ai quand même fait les 100 pas Et je n'sais toujours pas comment elle tourne ! Vers 25 ans, j'savais tout : l'amour, les roses, la vie, les sous Tiens oui l'amour ! J'en avais fait tout le tour ! Et heureusement, comme les copains, j'avais pas mangé tout mon pain : Au milieu de ma vie, j'ai encore appris. C'que j'ai appris, ça tient en trois, quatre mots : Le jour où quelqu'un vous aime, il fait très beau, j'peux pas mieux dire, il fait très beau ! C'est encore ce qui m'étonne dans la vie, Moi qui suis à l'automne de ma vie On oublie tant de soirs de tristesse Mais jamais un matin de tendresse ! Toute ma jeunesse, j'ai voulu dire JE SAIS Seulement, plus je cherchais, et puis moins j' savais Il y a 60 coups qui ont sonné à l'horloge Je suis encore à ma fenêtre, je regarde, et j'm'interroge ? Maintenant JE SAIS, JE SAIS QU'ON NE SAIT JAMAIS ! La vie, l'amour, l'argent, les amis et les roses On ne sait jamais le bruit ni la couleur des choses C'est tout c'que j'sais ! Mais ça, j'le SAIS... !

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Rain on the window

Um dia de chuva é tão belo como um dia de sol.
Ambos existem; cada um como é.
(Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos" )

 
Gentle rain – Astrud Gilberto 

We both are lost and alone in the world
Walk with me in the gentle rain
Don't be afraid,
I've a hand for your hand
And I will be your love for a while
I feel your tears as they fall on my cheek
They are warm like the gentle rain
Come little one you have me in the world
And our love will be sweet
Very sweet
Come little one, you got me in the world
And our love will be sweet
Very sweet, very sad
Like the gentle rain
Like the gentle rain

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

A ponte


Escadas de acesso à ponte sobre o lago do Parque D. Carlos I nas Caldas da Rainha

"Marco Polo descreve uma ponte, pedra a pedra. - Mas qual é a pedra que sustém a ponte? – pergunta Kublai Kan. - A ponte não é sustida por esta ou por aquela pedra – responde Marco, - mas sim pela linha do arco que elas formam. Kublai Kan permanece silencioso, reflectindo.
Depois acrescenta: - Porque me falas das pedras? É só o arco que me importa. Polo responde: - Sem pedras não há arco."
(In: As Cidades Invisíveis de Italo Calvino)


Bridge over Troubled Water - Simon and Garfunkel

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Blue in Green

"Blue in Green" é uma balada do Album “Kind of Blue” (gravado em Março e Abril de 1959) de Miles Davis, cujas sessões de registo contaram (além de Miles) com um elenco de “luxo”: Bill Evans e Wynton Kelly (ambos no piano), Jimmy Cobb (bateria), Paul Chambers (baixo) e os saxofonistas John Coltrane e Cannonbal Adderley. “Kind of Blue” tem vindo a ser citado, desde então, como o disco de Jazz mais vendido de sempre e, em Outubro de 2008, recebeu a “quádrupla platina” em vendas – atribuída pela Record Industry Association. Tem sido classificado por inúmeros críticos e especialistas como o melhor álbum da história do Jazz e a grande obra-prima de Miles, e a revista “Rolling Stone” classifica-o (em 2003) como 12º entre os 500 melhores discos de sempre, influenciando inúmeros músicos não só de Jazz mas também de Rock e de Música clássica. “Blue in Green” é uma pérola luminosa no meio deste disco sensacional e uma das 10 músicas que muita gente escolheria para levar para uma ilha deserta. Tem sido especulado ao longo do tempo se a autoria de “Blue in Green” era de Miles ou antes de Bill Evans – outro “gigante” do Jazz que participara no disco. Depois de vários livros atribuírem a autoria a Miles, ou a Miles e Evans, ficou esclarecido numa entrevista (1978) que foi de facto o génio de Bill Evans a compor o tema para aquele que viria a ser um dos mais fantásticos improvisos de Miles e da história do Jazz. Mais espantoso é o facto de que o disco foi gravado sem antes ter existido qualquer ensaio. A espontaneidade no seu estado mais puro. Uma enorme profundidade. Como o oceano. Também ele “Blue in Green”.
Blue in Green – Miles Davis

domingo, 15 de novembro de 2009

Líquens

Micro cidades estreladas Labirintos micelares Polígonos e prismas Entrançam-se Expandem-se No calor entorpecente Esporos explodem Sobre um mar de musgos e de sementes vermelhas O fundo sempre igual As raízes da árvore Sobre o planeta Terra

Where breathing starts - Tord gustavsen trio

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Certos sinais

Certas palavras podem dizer muitas coisas; Certos olhares podem valer mais do que mil palavras; Certos momentos nos fazem esquecer que existe um mundo lá fora; Certos gestos, parecem sinais guiando-nos pelo caminho; Certos toques parecem estremecer todo nosso coração; Certos detalhes nos dão certeza de que existem pessoas especiais, Assim como você, que deixarão belas lembranças para todo o sempre. (Vinicius de Moraes)
Adagio - Secret Garden

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Leituras


Quando eu morrer voltarei para buscar
Os instantes que não vivi junto do mar
(Inscrição - Sophia de Mello Breyner Andresen)


Let There be Love - Laura Fygi

sábado, 7 de novembro de 2009

O Pescador e o Mar

Praia da Foz do Arelho

Eu pescador
Eu pescador que pesco por um instinto antigo
e procuro não sei se o peixe se o desconhecido
e lanço e recolho a linha e tantas vezes digo
sem o saber o nome proibido.
Eu de cana em punho escrevo o inesperado
e leio na corrente o poema de Heraclito
ou talvez o segredo irrevelado
que nunca em nenhum livro será escrito.
Eu pescador que tantas vezes faço
a mim mesmo a pergunta de Elsenore
quais águas que passam sei que passo
sem saber resposta.
Eu pescador.
Ou pecador que junto ao mar me purifico
lançando e recolhendo a linha e olhando alerta
o infinito e o finito e tantas vezes fico
como o último homem na praia deserta.
Eu pescador de cana e de caneta
que busco o peixe o verso o número revelador
e tantas vezes sou o último no planeta
de pé a perguntar.
Eu pescador.
Eu pecador que nunca me confesso
se não pescando o que se vê e não se vê
e mais que o peixe quero aquele verso
que me responda ao quando ao quem ao quê.
Eu pescador que trago em mim as tábuas
da lua e das marés e o último rumor
de um nome que alguém escreve sobre as águas
e nunca se repete.
Eu pescador.
Oitavo Poema do Pescador In "Senhora das Tempestades" de Manuel Alegre
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Somewhere Beyond The Sea - Bobby Darin

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

The secret life of plants

Casta Diva, che inargenti queste sacre antiche piante, a noi volgi il bel sembiante senza nube e senza vel... Tempra, o Diva, tempra tu de’ cori ardenti tempra ancora lo zelo audace, spargi in terra quella pace che regnar tu fai nel ciel...

Casta Diva (from Norma / Bellini) - Angela Gheorghiu

quarta-feira, 4 de novembro de 2009